Além da Black Friday: relembre polêmicas da Wepink, marca da Virginia
Wepink se apresenta como uma marca de sucesso ao mesmo tempo que sofre críticas de qualidade e é acusada de problemas de logística
atualizado
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Com três anos de mercado, a Wepink – marca de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca e de Samara Martins – prevê fechar 2024 com faturamento de R$ 500 milhões.
Recentemente, Virginia chegou a afirmar nas redes sociais que a Wepink alcançou R$ 7 milhões em vendas em apenas 24 horas.
Apesar do sucesso, a Wepink foi protagonista de algumas polêmicas envolvendo a qualidade e valor dos produtos, plágio e ações judiciais. Além disso, uma das controvérsias recentes foi ficar em 5º lugar no ranking das 10 marcas com mais reclamações durante a Black Friday de 2024.
Base da Virginia
Em março de 2023, a Wepink tomou conta das redes sociais após o lançamento de uma base que foi duramente criticada pelo peço – R$ 200 reais – e pela qualidade. Com resenhas do produto, a base viralizou por uma série de características negativas e por não cumprir as promessas descritas na embalagem.
Em um dos vídeos que mostram o teste do produto, o youtuber Felca, que mantém um canal com mais de 2,3 milhões de inscritos, viralizou após postar o momento em que testa a base de Virginia Fonseca. Na publicação, que conta com mais de 18 minutos, o influencer passou o produto no rosto e mostrou as tentativas de tirar o produto de sua pele.
Outro vídeo de teste que alimentou a polêmica em torno da base foi a resenha da influenciadora Karen Bachini, que não poupou críticas. Reclamou da embalagem, textura, cobertura e, principalmente, da promessa do produto ser resistente à água.
Na época, Virginia rebateu as críticas e afirmou que, apesar de os produtos da Wepink serem nacionais, possuem qualidade de importado. Além disso, a influenciadora ressaltou que os produtos também possuem propriedades que ajudam a tratar a pele.
Body Splash
O body splash é um produto de perfume, semelhante ao desodorante em aerossol, que se destina a ser usado em outras partes do corpo além das axilas. Na linha Candys da Wepink cinco fragrâncias inspiradas em doces foram disponibilizadas ao público: Choco, Cherry, Marshmallow, Waffle e Cookies.
A polêmica começou depois que uma mulher postou um vídeo nas redes sociais testando o body splash da Wepink. A consumidora passa mal com o cheiro de um dos produtos e chega a ter ânsia de vômito. “Intragável, meu olho até lacrimejou”, disse na filmagem, enquanto segurava a vontade de vomitar.
Não demorou para que outros influenciadores e consumidores compartilhassem vídeos com impressões sobre a linha de body splash. “Tem cheiro de vômito. Podre!”, criticou Adam Mitch, famosa na internet por testar produtos e dar opiniões reais. “Sabe o que [o cheiro] parece? Quando você tem aquela ressaca de vodca com energético. Tem cheiro de vômito de vodca com energético. Horrível! Arrepiei, sei nem se vou conseguir terminar esse vídeo”.
Plágio
A Virginia e a marca também foram alvos de acusações de plágio. O perfume RED, da WePink, foi comparado à fragrância francesa Baccarat Rouge 540. Internautas notaram que o frasco, o design da embalagem e até mesmo o cheiro seriam parecidos ao produto estrangeiro.
Outra acusação de plágio ocorreu por parte da influenciadora Antonia Fontenelle, que acusou Virginia de copiar o nome de seu perfume, Liberté, lançado há dois anos, e todo o cenário de divulgação.
Problemas na Justiça
A Wepink também responde na Justiça em ações promovidas por consumidores. Mais de 100 ações concentram queixas sobre os serviços oferecidos pela We Pink Cosméticos, muitas delas sobre assuntos parecidos, como problemas com o atendimento da empresa, confusões com a entrega e atrasos no recebimento de itens.
Em uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), uma consumidora afirma ter comprado cinco body splash da marca de Virginia e enfrentado problemas com o atendimento da empresa. A autora pede o ressarcimento dos itens adquiridos e não entregues, além de R$ 30 mil por danos morais.
Outra consumidora entrou na Justiça após não receber os produtos comprados e ver diversos prazos dados pela marca serem descumpridos. O caso já possui data para uma audiência de conciliação a ser realizada em janeiro de 2025.
Em outras duas ações, consumidoras dos produtos de Virginia Fonseca acusam atrasos no recebimento de itens. Em defesa, a We Pink aponta que o produto chegou a ser entregue, apesar de um atraso que, em um dos casos, se estendeu por oito dias úteis.