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Alegria: família encontra bebê prematuro após 322 dias na UTI. Veja

Criança nasceu com apenas 27 semanas, e pais resolveram fazer surpresa para a família quando menina recebeu alta

atualizado

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Família encontra bebê pela primeira vez após 322 dias na UTI
1 de 1 Família encontra bebê pela primeira vez após 322 dias na UTI - Foto: Reprodução

Após 322 dias internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), os avós e tios da pequena Malu puderam conhecê-la. O momento do encontro foi registrado pelos pais da criança, e mostram a família se emocionando ao ver a menina fora do hospital após 10 meses de internação.

Veja o vídeo publicado nas redes sociais da mãe:

 

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Em dezembro de 2020, a mãe de Malu, Renata Darzi, contraiu Covid-19, mas não teve um quadro grave. Duas semanas após o diagnóstico, ela conta que estava na piscina quando sentiu que a criança não estava se mexendo. “Eu não sei explicar o que aconteceu, mas eu sei que eu tive um sentimento muito forte, que, sinceramente, eu atribuo a um sexto sentido maternal, porque nada explica”, diz.

Renata conta que sua médica chegou a acalmá-la, mas o sentimento de que algo estava errado só aumentava. Ela e o marido decidiram ir até um hospital. Logo na triagem, Renata conta que a enfermeira demorou a encontrar um batimento cardíaco em sua barriga, mas que havia um som, o que a deixou mais calma.

O medo, no entanto, voltou quando chegou o momento da consulta com a pediatra. Ao colocar o aparelho de ultrassom, ela percebeu que o caso era grave. “Vou ligar para a sua médica e a gente tem que tentar salvar a vida desse bebê, porque ele não está bem dentro da sua barriga. E a única chance que a gente tem de salvar a vida dela é interrompendo a gestação agora”. Na época, Malu estava com apenas 27 semanas.

O parto terminou e a criança foi logo internada. “Era muito pequenininha, nasceu roxinha, foi intubada, reanimada, foi direto para a UTI”, conta. “Desse dia em diante, nossa vida virou de cabeça para baixo. Ela começou a ter muitas intercorrências. Tudo para o lado ruim ia acontecendo com ela. Ela teve uma hemorragia cerebral que evoluiu para o pior nível, teve hidrocefalia, teve que fazer uma cirurgia no coração para fechar um canal arterial, quatro infecções, 12 transfusões de sangue, infecção na cabeça.”

Renata relata que os médicos chegaram a pedir que ela chamasse sua família para se despedir de Malu, que já havia passado por 10 cirurgias e tinha 90% do pulmão comprometido. “O batimento cardíaco dela estava abaixando, eles estavam dando adrenalina e ela não estava respondendo. Eles achavam que ela já tinha passado por tanta coisa que ela não iria aguentar mais. Eu dormi no hospital achando que iria ser a última vez que eu iria vê-la, mas, no dia seguinte, ela começou a responder. E, a partir dai, começou a melhorar”, diz Renata.

A alta, no entanto, ainda estava longe de acontecer. Malu ainda passou um período na UTI e os médicos costumavam ter de voltar atrás nos planos de liberação da criança. “A gente já tinha recebido várias ‘supostas altas’. A gente falava e não tinha. Então, desta vez, eu decidi não falar para ninguém e, quando ela saísse, faria uma surpresa”, finaliza.

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