Alckmin diz que terceiro governo Lula não vai ser “gastador”
Entretanto, Alckmin salientou que é preciso ter o mínimo para garantir a rede de proteção social e o funcionamento do Estado
atualizado
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O vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira (16/11), em Brasília, que o terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não será “gastador”, mas salientou que é preciso ter o mínimo para garantir a rede de proteção social e o funcionamento do Estado.
“O presidente Lula, se a gente pegar os seus dois mandatos, a marca foi a responsabilidade fiscal. Não vai ser governo gastador. Agora, você precisa ter o mínimo para poder, de um lado, garantir a rede de proteção social, ainda mais neste momento de crise socioeconômica, e, de outro lado, o funcionamento do Estado”, afirmou Alckmin ao ser questionado sobre a nova âncora fiscal que o governo eleito irá propor.
“Você não pode parar obra, não tem recurso sequer previsto no Orçamento para o ano que vem para poder dar continuidade às obras. Não há nada mais caro do que obra parada. E também ter o mínimo para investimento, porque isso vai ser importante na retomada do crescimento econômico”, prosseguiu.
“A questão da ancoragem fiscal vai ser debatida com mais calma, não é neste momento”, finalizou.
Alckmin anunciou nesta quarta os nomes de novos integrantes de 16 grupos técnicos de trabalho do Gabinete de Transição. Até o momento, 14 já haviam sido revelados.
Entre os nomes divulgados nesta quarta, que farão parte de grupos como Saúde, Agricultura, Meio Ambiente e Justiça e Segurança Pública, estão André Janones, Kátia Abreu, Marina Silva, Cristiano Zanin, Carlos Fávaro e outros.
Relatório do TCU
Na coletiva à imprensa, o vice eleito ainda comentou a reunião que terá, na tarde desta quarta, com o presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas. Para Alckmin, o importante é não paralisar obras e políticas públicas.
Dantas entregará dados sobre a situação dos órgãos da administração federal do atual governo à equipe de transição, que está dividida em 31 grupos técnicos e usará as informações para fazer um diagnóstico de cada área da máquina pública.
Entre os documentos, estão cópias de relatórios, tomadas de contas, auditoria, inspeção, levantamento, monitoramento e outros documentos que podem ser importantes para o andamento do trabalho do Gabinete de Transição.
“O Tribunal de Contas da União tem uma equipe técnica muito boa, tem dados muito importantes e vão nos alertar. ‘Pode ter problema aqui, ali’. Sob o ponto de vista orçamentário, o grande problema é o Bolsa Família, é o Auxílio Brasil, as crianças e áreas estratégicas, como por exemplo, saúde, educação, Minha Casa Minha Vida, paralisação de obras, manutenção de estradas e infraestrutura”, explicou Alckmin.