Alckmin comenta ação contra Bolsonaro: “Sociedade espera investigação”
Vice-presidente Geraldo Alckmin falou sobre operação da PF que teve Bolsonaro e assessores como alvos. Veja vídeo
atualizado
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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), destacou, nesta quarta-feira (3/5), a necessidade de investigação sobre suposta falsificação de certificados de vacinação contra Covid-19. A operação da Polícia Federal tem como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e assessores dele.
“O que precisa é ter investigação. O que a sociedade espera? Investigação. Acho que é importante que haja investigação e que as questões sejam esclarecidas”, disse Alckmin, após evento no Palácio da Alvorada. Veja:
Alckmin participou, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da primeira-dama, Janja, e de ministros de um evento de assinatura do decreto de qualificação da organização social que vai gerir o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA). Essa entidade, que até agora se chamava Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), deixará de ser vinculada à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Dessa forma, poderá, agora, captar recursos públicos e privados e ampliar as atividades.
De acordo com o governo, a mudança permite ao CBA “multiplicar seu orçamento e desenvolver, além de pesquisas, novos negócios com recursos naturais da Amazônia”.
O CBA vem atuando no desenvolvimento de novos produtos e processos que utilizam insumos da biodiversidade amazônica em diversas áreas, como alimentos e bebidas, fitoterápicos, cosméticos, farmacêuticos, química, biopláticos, nutracêuticos, agrícolas, têxtil, saúde, diagnóstica e de papéis.
Lula não discursou no evento nem falou com a imprensa. Ao deixar o local, ele disse apenas aos presentes que precisava correr para outro evento. O presidente participa de almoço com o Alto Comando do Exército no Quartel General, em Brasília.
Padilha foi mais enfático
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi a autoridade de primeiro escalão do governo que mais falou, até agora, da operação contra Bolsonaro.
Ainda pela manhã, Padilha escreveu nas redes sociais: “Crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores. Essas são as ações que a Polícia Federal investiga do ex-presidente”.
“Tudo isso aconteceu durante a pandemia, enquanto o Brasil enfrentava a maior crise sanitária da sua história. Qualquer ação criminosa que visa atacar o Plano Nacional de Imunização deve ser apurada e punida pela Justiça brasileira”, completou o ministro, que já foi o titular da pasta da Saúde entre 2011 e 2014, na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Conspirar contra saúde é corrupção gravíssima”, disse Dino
Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também comentou a investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Aos deputados Dino afirmou que “conspirar contra a saúde pública é uma corrupção gravíssima”. A declaração foi dada em reposta a uma pergunta do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) sobre a atuação do governo federal no combate à corrupção.
Dallagnol criticou a condução da investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente da República: “Hoje, vejo um Estado investigando uma falsificação de carteira de vacinação. Não que não deva ser investigado, tudo deve ser investigado, mas a questão é a proporção e a gravidade dos fatos”, ressaltou.