Ala insiste em protesto no domingo: “Desculpa, Jair, mas eu vou”
Influenciadores bolsonaristas, como Olavo de Carvalho, se negam a desmobilizar atos deste domingo apesar do coronavírus
atualizado
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Alguns anúncios lembram da importância de levar álcool gel. Outros valorizam o patriotismo com frases de hinos, como “verás que um filho teu não foge à luta”. Fato é que a ala mais radical do bolsonarismo não desistiu das manifestações marcada para este domingo, 15 de março, apesar da sinalização explícita do presidente da República pedindo um adiamento devido às preocupações com o avanço da pandemia de coronavírus.
Espécie de guru desse bolsonarismo mais radical, o escritor Olavo de Carvalho, seguido por meio milhão de pessoas no Facebook, é um dos militantes que seguem promovendo os protestos pró-Bolsonaro e críticos ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na tarde desta sexta-feira (13/03), um dia após o apelo de Bolsonaro, o professor on-line de filosofia compartilhou um vídeo com o título “Desculpa, Jair, mas eu vou”. Veja a postagem:
A mobilização também não arrefeceu em grupos bolsonaristas de WhatsApp monitorados pela reportagem. Nesses meios, seguem circulando notícias que tratam como exagero a pandemia do novo coronavírus e mensagens de incentivo. Veja exemplos:
Carreata é opção
Outros formatos para os atos bolsonaristas também são incentivados por militantes. Ainda na quinta-feira (12/03), um dos movimentos que mobilizava os bolsonaristas a ir para a rua trocou o protesto por um panelaço.
Outros influenciadores estão apostando em um tipo de manifestação que não deixe as pessoas muito próximas umas das outras. Veja:
Gostei muito da ideia da carreata no dia 15.
— Leandro Ruschel ??????? (@leandroruschel) March 13, 2020
Ministério da Saúde recomenda que se evite aglomerações
Além da sugestão de Jair Bolsonaro para que os atos sejam “repensados” e “adiados”, a recomendação para se evitar aglomerações está entre as que tem sido divulgadas pelo Ministério da Saúde para evitar a propagação do novo coronavírus no Brasil.