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Ainda sem vacinação no Brasil, mortes por Covid-19 passam de 190 mil, com média móvel de 656

No comparativo com o índice registrado há 14 dias, houve crescimento de 3% no número de óbitos, o que indica estabilidade

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1 de 1 Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil registrou a terceira queda consecutiva, chegando a 656 neste sábado (26/12). No comparativo com o índice registrado há 14 dias, houve crescimento de 3% no número de óbitos, o que indica estabilidade.

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.

Em números absolutos, o país registrou 307 óbitos em decorrência da Covid-19 e 17.246 novas infecções de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

No total, o Brasil já perdeu 190.795 vidas para a Covid-19 e computou 7.465.806  casos de infecção.

Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.

Talvez em fevereiro

Enquanto o número de infecções e mortes pelo novo coronavírus crescem no país, o governo federal corre contra o tempo para conseguir comprar vacinas e, assim, dar início ao Plano Nacional de Imunização. Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a previsão é de que o Brasil inicie a distribuição de doses de imunizantes, “na pior das hipóteses”, no fim de fevereiro – mas há a expectativa de que isso possa ocorrer ainda em janeiro.

O planejamento da pasta prevê a aquisição de 24,5 milhões de doses já para o primeiro mês de 2021. Do total, 500 mil doses serão da vacina da Pfizer/BioNTech, 9 milhões da Coronovac, produzida pelo Instituto Butantan, e 15 milhões da Oxford/Astrazeneca.

Pressionado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por sua vez, diz que “não dá bola” para o fato de outros países já terem iniciado a imunização contra Covid-19.

Bolsonaro alega que, como a aplicação de vacinas só ocorrerá mediante aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele não precisa se preocupar com isso. “Entre eu (sic) e a vacina tem uma tal de Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], que eu respeito, e alguns não querem respeitar, é só isso”, disse o mandatário do país.

A fala do chefe do Executivo ocorreu durante visita ao Setor de Oficinas do Sudoeste. No local, o presidente voltou a reclamar da cláusula de responsabilidade dos laboratórios fabricantes do imunizante contra o novo coronavírus.

“Tudo o que vi até agora de vacinas que poderão ser disponíveis tem uma cláusula que diz o seguinte: eles não se responsabilizam por qualquer efeito colateral”, frisou Bolsonaro.

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem ter variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

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