Ainda sem plano político definido, Anielle entra no PT em ato com Lula
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ainda é cotada como vice de Paes para a reeleição na prefeitura, mas ele prefere outro nome
atualizado
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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irá se filiar ao PT nesta terça-feira (2/4), em ato no Rio de Janeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, participarão do evento no Circo Voador, a partir das 18h, assim como a primeira-dama, Janja.
A decisão de Anielle de se filiar ao partido ocorreu no ano passado, diz sua assessoria de imprensa.
A ministra já foi a opção principal do PT para ser candidata a vice na chapa do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), à reeleição. No entanto, no último mês o nome dela passou a ser menos aceito, com o prefeito buscando alguém de sua própria base como vice.
Conforme mostrou a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, Paes planeja deixar a prefeitura, caso seja reeleito, em 2026 para tentar o governo do Rio de Janeiro. Dessa forma, seu vice assumiria o controle da capital fluminense.
Apesar disso, Anielle não chega a ser descartada, por ter o nome endossado por aliados como a primeira-dama Janja Lula da Silva e lideranças do PT.
Caso não concorra de fato ao lado de Paes, a ministra é cotada pela sigla para disputar uma vaga de deputada federal daqui a dois anos.
Disputa nos municípios
O presidente Lula tem buscado costurar acordos para ampliar a presença do PT em chapas que disputam prefeituras. Um exemplo dessa articulação é a chapa de Guilherme Boulos (Psol) e Martha Suplicy (PT), que concorrerá à Prefeitura de São Paulo.
A parceria foi mediada pelo próprio Lula, que convidou a ex-prefeita da capital para voltar ao partido após nove anos. O presidente também já havia garantido apoio a Boulos desde a campanha eleitoral de 2022. Na ocasião, o psolista abriu mão da candidatura ao governo de São Paulo para apoiar o nome de Fernando Haddad.
Em ano eleitoral, o chefe do Executivo também tem acelerado as viagens pelo país, em busca de marcar a presença e alavancar eventuais candidatos. Ainda no final do ano passado, Lula prometeu que seria “um bom cabo eleitoral” no pleito.
“Prometo ser um bom cabo eleitoral, fazendo as coisas corretas, para vocês sentirem orgulho. Em nome de todo o governo, a gente não vai falhar, a gente não vai errar”, disse o presidente na ocasião.