Ainda instável, Conecte SUS volta a funcionar após 13 dias inativo
Com a retomada do sistema, é possível fazer o download do certificado internacional de vacinação e acessar o histórico de exames de Covid
atualizado
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A plataforma Conecte SUS, que reúne dados clínicos da população brasileira, voltou a funcionar nesta quinta-feira (23/12), após 13 dias fora do ar. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde.
O aplicativo parou de funcionar após o pasta sofrer um ataque hacker, em 10 de dezembro.
“O Ministério da Saúde informa que o aplicativo Conecte SUS foi restabelecido. A pasta destaca que a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 pode apresentar instabilidade nas primeiras horas, em razão do volume dos acessos”, informou a pasta, em nota divulgada nesta noite.
Além de dados sobre o histórico clínico dos pacientes, o Conecte SUS reúne informações sobre a vacinação contra Covid-19. Pela plataforma, é possível emitir o Certificado Internacional de Vacinação em três idiomas, documento necessário para entrar em países que exigem passaporte sanitário.
Alguns usuários conseguem fazer login, mas o certificado digital de imunização contra a Covid-19 continua indisponível.
Sistema de notificações
Além do Conecte SUS, outras funcionalidades do Ministério da Saúde foram restabelecidas. Na terça-feira (21/12), a pasta confirmou a volta do e-SUS Notifica, plataforma utilizada para registro de casos e óbitos de Covid.
“O Ministério da Saúde informa que o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), o sistema de registro E-SUS Notifica e o Sistema de Regulação (Sisreg) foram restabelecidos”, informou o órgão, em nota.
Diferentes estados tiveram problemas em apresentar dados da pandemia ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), após a invasão. Isso sinaliza que a média aumentará nos próximos dias, quando as informações forem atualizadas sem represamento.
Ataque hacker
A rede ficou inativa após o Ministério da Saúde sofrer dois ataques hackers. O primeiro ocorreu no dia 10 de dezembro. Segundo Queiroga, atingiu a rede da Embratel, empresa ligada à instituição que administra sistemas do governo federal.
Em nota oficial, o órgão informou que uma série de sistemas foi afetada: e-SUS Notifica (sistema de notificação de casos de Covid), Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades, como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Embratel esclareceu que está apoiando o Ministério da Saúde no tratamento dos danos causados pelo crime cibernético.
“Destacamos que a Embratel não é responsável pela gestão operacional do ambiente tecnológico do Ministério da Saúde sendo somente o broker de Cloud, provida por outro fornecedor. Estamos apoiando o Ministério no tratamento do incidente e a ocorrência está sendo analisada por nossa equipe, que segue também apoiando as autoridades nas investigações e prestando todo o suporte técnico necessário”, informou.
O segundo ataque ocorreu na madrugada do dia 13 de dezembro, quando hackers invadiram a rede interna do ministério. O sistema de telefone e a intranet ficaram inativos, e diversos servidores precisaram trabalhar em regime de home office.