“Ainda estamos distantes de pôr fim à pandemia”, afirma Queiroga
Ministro da Saúde assinalou que ameaças, como a circulação de novas mutações do coronavírus, persistem
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que o país ainda está “distante de pôr fim à pandemia”. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (19/7), durante conversa com jornalistas na sede da pasta, em Brasília (DF).
O cardiologista exaltou a campanha de vacinação contra a Covid-19, que tem mostrado resultados positivos, como redução no número de óbitos, casos e internações; no entanto, afirmou que ainda existem ameaças no caminho, como a circulação de novas mutações do coronavírus.
“Ainda estamos distantes de pôr fim à pandemia. Existem desafios, como por exemplo o enfrentamento de possíveis variantes desse vírus, a exemplo da Delta, que tem tido casos no Brasil. Ainda não são tantos [casos], mas não quer dizer que só têm esses que foram diagnosticados”, ressaltou.
Segundo o Ministério da Saúde, ao menos 97 casos de infecção pela variante Delta, cepa mais transmissível do coronavírus, foram notificados no país. Do total, cinco resultaram em mortes. Os números foram identificados em sete estados.
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, usou as redes sociais no sábado (17/7) para revelar que o número de casos dessa variante, que tem como marca uma maior capacidade de infecção, chegou a 23 na capital fluminense. No estado do Rio, são ao menos 74 registros confirmados dessa variante, considerada “preocupante” pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para evitar mais um pico da pandemia no país, algumas unidades federativas pretendem antecipar a segunda dose da vacina. A maioria dos imunizantes se mostrou eficaz contra a variante até o momento, mas a proteção funciona melhor após a administração da segunda dose. O tema foi levado ao ministro Marcelo Queiroga, na última semana, pelo Fórum Nacional dos Governadores.
Queiroga prometeu discutir a questão com a câmara técnica do Programa Nacional de Imunização (PNI), que ainda não deu uma resposta definitiva sobre a proposta. “O PNI vai avaliar reposicionamento do espaço entre as doses. A vacina da Pfizer, por exemplo, a bula diz que o intervalo é de 21 dias. Por uma questão de se avançar na primeira dose, o PNI alargou esse espaço. Já com a AstraZeneca não acontece isso, porque está sendo administrada a vacina dentro do intervalo previsto no bulário. Será motivo de análise do PNI”, explicou, nesta segunda-feira.