AGU: dano causado por ato terrorista aos 3 Poderes deve passar de 18,5 milhões
Novo cálculo no prejuízo causado pelos atos golpistas de 8 de janeiro vai refletir no bloqueio de bens dos suspeitos de financiar a invasão
atualizado
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O prejuízo causado pelos atos violentos do dia 8 de janeiro pode passar dos R$ 18,5 milhões. A cifra do dano será atualizada no pedido de bloqueio de bens dos suspeitos de financiar a invasão da sede dos Três Poderes.
Essa nova estimativa do prejuízo foi apontada pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira (25/1).
“Os poderes estão internamente aprofundando seus estudos para recuperação de todo dano, e é muito possível que esse valor exceda os R$ 18,5 milhões”, afirmou Messias.
Inicialmente, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto apresentaram valores que totalizavam cerca de R$ 6,5 milhões de prejuízo. Esses montantes foram atualizados no dia 19 de janeiro e chegaram a R$ 18,5 milhões.
Messias disse ainda que, além desse aumento do cálculo do prejuízo, será calculado o dano imaterial, ou seja, o dano moral coletivo causado pela destruição da sede dos Três Poderes por manifestantes bolsonaristas que defendiam um golpe de estado.
Na última terça-feira (24/1), a AGU pediu o bloqueio das contas de mais de 40 envolvidos nos atos golpistas. O objetivo é assegurar que os bens dos acusados possam ser usados para ressarcir o patrimônio público em caso de posterior condenação definitiva.
Atos terroristas
Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde do dia 8 de janeiro, em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Vidraças, cadeiras e mesas dos prédios públicos foram quebradas. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.
O último alvo dos manifestantes extremistas foi o STF. O prédio do órgão do Judiciário teve o interior destruído.