Agrotóxico lançado de avião leva 47 pessoas ao hospital em Goiás
Apesar de não ficarem internados, trabalhadores rurais sofreram intoxicação que provocou tontura, vômito e dores de cabeça
atualizado
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Goiânia – Pelo menos 47 trabalhadores rurais que prestavam serviços em uma fazenda em Bela Vista de Goiás, na região metropolitana da capital goiana, foram intoxicados por um agrotóxico, ainda não identificado, após uma pulverização do produto por um avião. O fato aconteceu nesta sexta-feira (7/5) e os trabalhadores foram levados a um hospital do município.
As 47 pessoas foram encaminhadas, em dois ônibus, ao Hospital Municipal Antônio Batista da Silva. Apesar de ninguém necessitar de internação, os trabalhadores reclamaram de dores de cabeça, tontura e vômitos, depois de inalarem o produto.
Segundo a diretora da unidade de saúde, Deusmaria Aparecida, houve uma força-tarefa para atender a todos os pacientes.
“Era aproximadamente 8h30 quando fomos surpreendidos com dois ônibus de trabalhadores rurais, todos de Morrinhos, que estavam prestando serviço em uma lavoura aqui perto. Segundo eles, o avião passou jogando o produto, que não nos foi informado. […] Com um total de cinco médicos, foi feita uma força-tarefa junto à enfermagem”, explicou ao G1.
Até o momento, também não foi identificado o responsável pelo avião ou pela fazenda em que o incidente aconteceu.
Regulamentação
A pulverização aérea é regulamentada e fiscalizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A atividade tem como regras operar a 250 metros de mananciais de rios e lagos e a 500 metros da população.
Além disso, é preciso o acompanhamento de um técnico agrícola executor, a coordenação de um engenheiro agrônomo e de um piloto agrícola especializado, com mais de 400 horas de vôo.
A aplicação nessas condições só pode ser feita quando não oferece risco ao meio-ambiente, animais e pessoas.