Agricultura recebe desculpas do Carrefour: “Declarações equivocadas”
Pasta da Agricultura publicou uma nota com resposta ao Carrefour, após desentendimentos por falas de CEO da rede francesa
atualizado
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O Ministério da Agricultura confirmou, na manhã desta terça-feira (26/11), o recebimento de um texto de desculpas do Carrefour, assinado pelo diretor-presidente do grupo, Alexandre Bompard. O envio da carta ocorre após Bompard anunciar que não compraria mais carne de países do Mercosul.
“Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão, e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpa”, menciona a carta endereçada ao ministério.
A pasta da Agricultura reforçou que o Brasil é “o principal exportador de carne de aves e bovina do mundo” e com “elevados padrões de qualidade, sanidade e sustentabilidade da produção agropecuária”.
“As boas relações diplomáticas conquistadas pelo governo brasileiro fazem com que, somente nos últimos dois anos, 281 novos mercados se somassem ao extenso portifólio dos produtos agropecuários brasileiros”, continuou a resposta do Brasil.
O ministério acrescentou que trabalha “sempre no intuito de esclarecer os fatos para não permitir que declarações equivocadas coloquem em dúvida um trabalho de defesa agropecuária de alto nível e de uma produção de alta qualidade e comprometida com uma das legislações ambientais mais rigorosas do planeta”.
Entenda
Após a declaração do boicote à carne dos países do Mercosul, os frigoríficos brasileiros anunciaram suspensão do fornecimento do produto às lojas do Carrefour no Brasil. Na segunda-feira (25/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a posição da marca não fazia “muito sentido”.
Enquanto isso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, alegou estar “feliz” com o fato de os frigoríficos brasileiros terem paralisado o fornecimento de carne ao Carrefour, chamando a posição francesa de “absurdo”.