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Agressão de guardas a pai tem “viés discriminatório”, diz escola do RJ

A Escola Modelar Cambaúba denunciou a agressão de dois guarda municipais contra o pai de um de seus alunos, na quarta-feira (13/3)

atualizado

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A Escola Modelar Cambaúba denunciou que a agressão de dois guarda municipais contra o pai de um de seus alunos, na quarta-feira (13/3), teve “viés discriminatório”. De acordo com a instituição de ensino, localizada no Jardim Guanabara (RJ), abordagens truculentas e uma comunicação agressiva têm sido recorrentes por parte dos agentes.

“Outras escolas em nossa área não parecem estar sujeitas ao mesmo nível de fiscalização intensiva e coercitiva”, afirmou a instituição em nota.

Por meio do comunicado enviado ao portal O Dia, o colégio diz compreender a necessidade e importância da fiscalização de trânsito, porém, na perspectiva da instituição, a abordagem atual da Guarda Municipal (GM) estaria “ultrapassando os limites da razoabilidade, eventualmente configurando um abuso de autoridade”.

Ainda no texto, a Escola Modelar Cambaúba se diz pronta para colaborar com as autoridades competentes a fim de encontrar soluções que promovam a segurança e o respeito mútuo e pede, por fim, para que a Guarda Municipal reveja as táticas aplicadas para que todas as abordagens sejam realizadas de maneira profissional, respeitosa e imparcial.

O caso de agressão

Dois guardas municipais foram flagrados agredindo um homem na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (13/3). A confusão teria começado depois que Thiago Lopes, analista de sistemas, foi abordado pelos guardas enquanto esperava o sinal abrir para entrar na área de carga e descarga e pegar o filho no colégio.

“Meu filho viu o meu carro e veio em direção a ele e abriu a porta para entrar. Quando ele estava entrando, o guarda disse que iria me multar. O sinal estava fechado e eu estava aguardando um carro sair da baia, com a seta ligada, para entrar nela”, explicou Thiago.

O analista de sistemas detalhou o início da agressão. “Eu pedi só para esperar meu filho entrar no carro, e ele não gostou e começou a me agredir verbalmente, com palavrões. Meus filhos estavam dentro do carro. Um deles, que eu estava levando para outra escola, tem síndrome de Down. Os dois começaram a chorar”, contou.

De acordo com o analista, os agentes queriam o encaminhar para uma delegacia.

“Eu falei que iria, mas que deixaria as crianças na escola. Quando eu desci do carro, eles não me permitiram retirar meu filho, e começaram a me agredir fisicamente. Alegaram que iriam me algemar por desacato. Ele não deixou eu retirar meu filho do carro. Se colocou entre mim e a porta. Eu falei que não havia razão para ser algemado”, reclamou o analista.

Funcionários da escola tiraram o menino do veículo enquanto os guardas tentavam algemar Thiago. O caso aconteceu em frente à instituição de ensino durante o horário de entrada das crianças, que presenciaram toda a confusão.

Thiago afirmou que não se opôs em ir à delegacia. Ele relatou ainda que pediu para ir no próprio carro, mas foi impedido pelos guardas e acabou conduzido ao hospital e à delegacia. No início da noite de quarta-feira, Thiago foi ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer um exame de corpo de delito.

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Thiago foi ao IML realizar o exame de corpo delito
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O analista de sistema ficou com diversas marcas pelo corpo

Arquivo pessoal/ O Dia
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Thiago foi ao IML realizar o exame de corpo delito

O caso é investigado pela 37ª Delegacia de Polícia (Ilha) como, inicialmente, desacato. Questionada sobre a agressão, a Guarda Municipal alegou que vai “analisar as imagens para verificar se houve excesso dos guardas.”

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