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“Agiram com crueldade”, diz esposa de homem morto em viatura da PRF

Viúva de Genivaldo afirmou que o caso não foi uma “fatalidade” e que policiais agiram “para matar”. Homem foi morto em “câmara de gás”

atualizado

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Reprodução/TV Sergipe
Maria Fabiana dos Santos, esposa de homem morto em abordagem da PRF
1 de 1 Maria Fabiana dos Santos, esposa de homem morto em abordagem da PRF - Foto: Reprodução/TV Sergipe

A esposa de Genivaldo de Jesus Santos, morto durante abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal nessa quarta-feira (25/5), em Umbaúba (SE), afirmou que os policiais agiram “com crueldade” ao lidar com o marido.

“Eu não chamo nem de fatalidade. Isso aí foi um crime mesmo, eles agiram com crueldade pra matar mesmo”, disse Maria Fabiana dos Santos (foto em destaque) em entrevista à TV Sergipe.

Veja vídeo da ação de integrantes da PRF:

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Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML
Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia
Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo
O enterro de Genivaldo foi marcado por choro, gritos e aplausos. A PF e o MPF abriram investigações para apurar o caso
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Agentes da PRF colocam Genivaldo de Jesus Santos em viatura

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Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML

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Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia

Arquivo Pessoal
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Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo

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O enterro de Genivaldo foi marcado por choro, gritos e aplausos. A PF e o MPF abriram investigações para apurar o caso

Material cedido ao Metrópoles

Segundo a viúva, o homem tinha esquizofrenia e, por isso, tomava remédios controlados há 20 anos. Segundo ela, Genivaldo nunca demonstrou comportamento agressivo.

“Eu vivo com ele há 17 anos, ele tem 20 anos que tem o problema dele. Nunca agrediu ninguém, nunca fez nada de errado. Sempre fazendo as coisas pelo certo. E num momento desses pegaram ele e fizeram o que fizeram”, desabafou.

Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Policiais montaram uma espécie de “câmara de gás” em uma viatura e prenderam o homem, que não resistiu à ação.

PRF

Em nota, a PRF informou ter instaurado um procedimento para apurar a conduta dos agentes envolvidos. “Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil. No entanto, durante o deslocamento, passou mal, foi socorrido e levado para o Hospital José Nailson Moura, onde posteriormente foi atendido e constatado o óbito”, detalhou a corporação.

O Metrópoles apurou que ao menos três servidores estavam no local durante a ação.

A PRF alegou também que a vítima resistiu “ativamente” à abordagem e que teriam sido “empregadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção” para tentar contê-lo.

Familiares, no entanto, alegam que não houve resistência por parte de Genivaldo. “Na hora que foi abordado, ele levantou as mãos, levantou a camisa e mostrou que não estava com arma nenhuma”, disse o sobrinho Wallison de Jesus, que estava no local e presenciou a abordagem.

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