Agência dos pacotes falsos deu prejuízo de até R$ 50 mil a vítimas
Segundo a Polícia Civil de Goiás, dona da agência de turismo em Goiânia já foi denunciada por mais de cinco vítimas
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – A dona de uma agência de turismo na capital goiana foi presa suspeita de dar golpes em clientes com falsos pacotes de viagens. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o esquema lesou diversos clientes, incluindo uma brasileira residente em Londres.
Ao Metrópoles, o delegado responsável pela investigação do caso, Igomar de Souza Caetano, afirmou que, até o momento, cerca de seis pessoas já procuraram a delegacia para denunciar a empresária Lidiane Camilo.
Segundo ele, a mulher causou prejuízos variados, conforme os pacotes fechados pelos clientes. “Algumas pessoas tiveram prejuízo de R$ 5 mil, mas tem gente que tem de R$ 50 mil. Tudo depende da viagem que fechava com ela”, relata o investigador.
Viagens canceladas
Diversas vítimas registraram boletins de ocorrência contra a empresária Lidiane Camilo, que também acumula reclamações no Programa de Defesa do Consumidor (Procon). Além da venda de pacotes de viagem, a empresa também oferecia serviços para obtenção de Green Card, o visto de residência permanente nos Estados Unidos.
De acordo com a polícia, uma das vítimas, que mora na Inglaterra, adquiriu um pacote de viagens para o Brasil no valor de R$ 40 mil com o objetivo de visitar o país com seu companheiro e realizar uma viagem para o Nordeste. Apesar de ter conseguido chegar ao país, o casal teve todas as outras passagens aéreas canceladas pela empresa, sem justificativa. Um pacote de viagens para Natal, no Rio Grande do Norte, também foi cancelado.
Após a denúncia da vítima, a Polícia Civil iniciou as investigações e descobriu que Lidiane Camilo já havia sido alvo de outras denúncias por estelionato, com o mesmo modus operandi.
“Normalmente, ela fechava os pacotes de viagens, mas quando faltava um ou dois dias, as passagens eram canceladas. Algumas pessoas chegavam a viajar, e quando chegavam no lugar, não havia reserva”, relatou o delegado.
Ainda segundo Igomar, a empresária atuava em uma casa que não tinha uma fachada de identificação de agência de turismo. O interior do local, porém, era projetado para o atendimento de clientes e estruturado como uma empresa do ramo.
O delegado afirmou ainda que a empresa de Lidiane tem CNPJ ativo há mais de dez anos.
A empresária teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, com o objetivo de garantir a ordem pública. A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na empresa da acusada.A divulgação da imagem e identificação da presa foi autorizada pela Justiça, com base na Lei nº. 13.869/2019 e na portaria n.º 547/2021 da Polícia Civil, visando a identificação de novas vítimas e testemunhas.