Advogados de Sara Winter dizem: “Se for para penitenciária, vai morrer lá”
“Se ela morrer, o sangue estará nas mãos dos ministros do STF”, diz a defesa da ativista de extrema-direita, presa nesta segunda
atualizado
Compartilhar notícia
Após ter sido presa na manhã desta segunda-feira (15/06), a ativista de extrema-direita Sara Winter, líder do grupo 300 pelo Brasil, ficou por cerca de 1 hora depondo na Polícia Federal. Os advogados da ativista, Bertoni Barbosa de Oliveira e Renata Tavares, falaram com a imprensa ao final e alertaram: “Sara corre risco de vida”.
“Ela corre riscos. STF, a Sara Winter corre risco de vida, de morte. Ela sempre foi uma crítica dos bandidos e corre risco se for para a penitenciaria feminina do DF. Precisamos urgentemente ter acesso aos arquivos para poder trabalhar com a liberação. Se ela morrer, o sangue estará nas mãos dos ministros do STF. Se ela for para a Colmeia, ela vai morrer lá”.
A defesa ressaltou o motivo da prisão da ativista não necessariamente está ligado ao inquérito das fake news. “A prisão temporária refere-se a suposta ação contra o STF. Isso nunca existiu. Temos diversos álibis, testemunhas, filmagens da Esplanada, de colegas e outros canais”, assegurou o advogado.
De acordo com a defesa, a PF apenas cumpriu a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Agora, os esforços dos advogados são para obter um habeas corpus para que Sara seja solta.
“O que está havendo é um jogo de xadrez querendo a cabeça de Sara Winter. Um mandado de intimação de outro fato, amanhã, às 16h, já vai ser imputado”, relatou Bertoni Barbosa, afirmando que a ativista terá de prestar novo depoimento nesta terça-feira (16/06).
“Prisão ilegal”
A defesa ainda constou que Sara respondeu aos questionamentos do delegado da PF: “Ela não tem nada a temer. A prisão foi ilícita, ilegal. Sara nunca foi (na manifestação contra o STF), nem sequer estava lá”.
Foi constado ainda que Sara fez o exame de corpo de delito e está tudo bem com ela. Os advogados assinalaram que tentaram falar com o ministro Moraes no STF e foram impedidos. “Não passamos do estacionamento”, afirmou Bertoni. “O sistema penal acusatório esta correndo serios riscos de desaparecer aqui no Brasil”.