Advogado vai pedir liberdade de Queiroz e diz que ele é ameaçado
Defensor do ex-assessor de Flávio Bolsonaro relata suposta vigilância de inimigos. “Via carros esperando por ele”, conta
atualizado
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Recém admitido como advogado do PM aposentado Fabrício Queiroz, o defensor Paulo Emílio Catta Preta disse na tarde desta quinta-feira (18/06), na porta da cadeia no Rio de Janeiro, que seu cliente “sempre esteve à disposição” da Justiça, “presente nos autos” e que, por isso, se sentiu “surpreendido pela prisão” ocorrida nesta manhã.
Catta Preta, que também defendeu o ex-PM Adriano da Nóbrega, acusado de ser líder de uma milícia e que foi morto em ação policial na Bahia em fevereiro deste ano, relatou ainda que Queiroz diz ter sido ameaçado.
“Ele via carros esperando por ele, estava se sentindo ameaçado”, afirmou o advogado, sem detalhar as ameaças. “Desde que o caso veio à tona, ele disse que se sente ameaçado e constrangido”, completou.
“O caso” é a acusação de comandar um esquema de desvio de parte dos salários dos funcionários do gabinete do então deputado estadual Flavio Bolsonaro. Foi essa investigação que resultou na prisão de Queiroz nesta quinta.
Por causa das ameaças, Catta Preta disse que vai pedir a transferência do cliente para um batalhão prisional destinado a PMs e ex-PMs. Vai pedir ainda um habeas corpus para tentar tirar Queiroz da prisão.
Ainda segundo a defesa, o ex-assessor de Flávio disse que ia a São Paulo para dar continuidade ao tratamento de saúde. “Ele cuida de um câncer e fez recentemente uma cirurgia”, lembrou o advogado. Queiroz, segundo ele, nega que estivesse na casa do advogado de Bolsonaro há um ano. “Ia com certa frequência”, disse, sem detalhes.
Questionado sobre quem pagava o tratamento de saúde em um dos hospitais mais exclusivos do país, o Síro Libanês, advogado disse que não sabia.