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Advogado que matou cão a tiros em GO tem prisão preventiva decretada

Polícia Civil diz que Hugo Amâncio Alves foi flagrado por câmeras de segurança em Iporá (GO). Vídeo mostra momento em que ele comete o crime

atualizado

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Cachorro morto a tiros em Iporá, Goiás
1 de 1 Cachorro morto a tiros em Iporá, Goiás - Foto: Reprodução

Goiânia – A Justiça de Goiás decretou a prisão preventiva de um advogado acusado de matar com tiros na cabeça um cachorro que estava dentro da propriedade de seus donos, em Iporá, na região oeste de Goiás, a 226 km da capital goiana.

A decisão negou pedido de liberdade provisória para Hugo Amâncio Alves. Segundo a investigação, ele é amigo da família do animal batizado de Boiadeiro e foi flagrado na prática do crime por câmeras de segurança.

Veja o vídeo:

 

O juiz João Geraldo Machado converteu a prisão em flagrante em preventiva na segunda-feira (13/12), dois dias depois de o crime ser praticado. O magistrado acatou pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e repudiou o crime.

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Boiadeiro, cachorro morto com tiros na cabeça, em Iporá, Goiás
Cachorro morto a tiros em Iporá, Goiás
Cachorro morto a tiros em Iporá, Goiás
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Hugo Amâncio Alves, advogado preso em flagrante após matar cachorro a tiros em Iporá, Goiás

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Boiadeiro, cachorro morto com tiros na cabeça, em Iporá, Goiás

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Cachorro morto a tiros em Iporá, Goiás

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Cachorro morto a tiros em Iporá, Goiás

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O crime foi praticado por volta das 22h30, no portão de uma casa na Rua R-2, no Bairro Mato Grosso. As imagens do vídeo mostram que o advogado foi de carro ao local e, após descer do veículo, chamou o animal até o portão da residência e atirou, em seguida. Segundo a polícia, Alves disse que cometeu o crime por vingança após Boiadeiro morder um de seus dedos.

“A conduta praticada vem sendo diariamente abominada e sendo alvo de grandes clamores sociais, para que o crime de maus tratos de animais não fique impune. Neste caso em particular, se mostra uma conduta mais reprovável, vez que utilizada arma de fogo em via pública”, disse o juiz, em sua decisão.

Risco à ordem pública

O advogado de Alves, Marcos Vinicius Ferreira de Sousa, pediu ao juiz que a prisão fosse relaxada, já que seu cliente tem residência fixa na cidade e não representa risco à ordem pública, caso esteja em liberdade. Segundo a defesa, a arma de fogo tem apenas registro.

“Portanto, não há risco à aplicação da lei penal e não há fundamento que sustente a manutenção do cárcere, uma vez que não há nos autos sequer indícios de qualquer das circunstâncias que autorizam a decretação da prisão preventiva. Sendo assim, resta evidente que não se deve perpetuar a condição encarcerada, haja vista a inexistência de fundamentos lógicos e legais para a prisão preventiva”, afirmou à Justiça o advogado do investigado.

No entanto, em sua decisão, o magistrado ressaltou que o assassinato do animal causou “grande clamor popular, externado tanto nas redes sociais quanto na mídia, de onde se vê a revolta da população com a ação do flagrado”. O juiz entendeu que a liberdade do investigado provocaria ainda mais “a indignação popular” e colocaria “em descrédito o Poder Judiciário”.

“Assim, temerosa é a concessão de liberdade do flagrado, vez que isso abalaria profundamente a ordem pública, que precisa ser assegurada. Isso levado a efeito, aconselha a custódia preventiva do flagrado, pois sua real periculosidade restou demostrada pelo seu modus operandi para a prática de maus tratos de animais”, destacou o juiz.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) informou que a presidente da subseção local, a advogada Vanessa Cândido Costa, foi notificada da prisão e acompanhou o procedimento.

A entidade acrescentou que oferece todo apoio a todo advogado detido para preservar suas prerrogativas, mas mantém a assistência tão somente em casos onde se comprova a violação do exercício profissional.

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