Advogado é preso pela 2ª vez suspeito de pegar R$ 150 mil de clientes
Defesa do suspeito disse que pediu revogação da prisão. OAB-GO informou que acompanha o caso, que começou a ser investigado em fevereiro
atualizado
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Goiânia – Pela segunda vez, um advogado foi preso suspeito de se apropriar indevidamente de cerca de R$ 150 mil de pelo menos 14 clientes em Goiás. De acordo com a Polícia Civil, Thiago Rodrigues, depois de ganhar processos na Justiça, usou as procurações que tinha para pegar os valores que deveriam ser pagos às pessoas que o contrataram. A defesa dele pediu a revogação da prisão.
Segundo a investigação, o advogado foi preso, pela segunda vez, na última quarta-feira (8/6), em Goiânia, por policiais civis de Mineiros, que fica na região sudoeste de Goiás, com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). A polícia informou que a detenção ocorreu após a conclusão de um inquérito policial, instaurado em fevereiro.
Thiago, de acordo com a Polícia Civil, adotava o mesmo modo de atuação para supostamente praticar golpes contra seus clientes. Após ganhar uma ação, ele usava as procurações que tinha das pessoas que o contrataram, pegava todo o dinheiro depositado judicialmente e não avisava os clientes.
Investigação
Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil instaurou um inquérito, em Mineiros, para investigar o advogado por suspeita de que ele estaria praticando apropriação indébita com frequência. Na época, ele foi preso, mas foi liberado no dia seguinte, conforme informou a polícia.
Depois de a imprensa divulgar o primeiro caso, segundo a polícia, outras pessoas começaram a se apresentar na delegacia como possíveis vítimas do advogado. Por isso, após juntar mais provas, a equipe de investigação solicitou, de novo, a prisão de Thiago.
De acordo com a polícia, ao todo, 14 pessoas denunciaram que foram vítimas dele. No total, o prejuízo é de aproximadamente R$ 150 mil. O inquérito foi finalizado neste mês, e o advogado foi indiciado pelo crime de apropriação indébita majorada, praticada em continuidade delitiva.
Prisão preventiva
Após a segunda prisão, o advogado passou por uma nova audiência de custódia, mas a Justiça o manteve preso preventivamente. Além disso, a decisão ordenou a transferência “urgente” de Thiago para o presídio de Mineiros.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) informou que está acompanhado o caso para garantir que o advogado tenha amplo direito de defesa e que, se for comprovado envolvimento dele nos crimes, vai tomar todas as medidas disciplinares cabíveis.
O Metrópoles não conseguiu contato da defesa do advogado para saber mais detalhes do pedido de revogação da prisão, até o momento em que este texto foi publicado, mas o espaço segue aberto para manifestações.
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