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Advogado diz que suspeito teve pânico e não socorreu ativista atropelada

José Maria da Costa Júnior se apresentou à polícia na tarde de terça-feira (10/11), depois de ter a prisão decretada

atualizado

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Marina Kohler Harkot, morta após atropelamento em SP
1 de 1 Marina Kohler Harkot, morta após atropelamento em SP - Foto: Reprodução

O acusado de atropelar e matar  a cicloativista Marina Kohler Harkot na zona oeste de São Paulo, no último domingo (8/11), se apresentou à polícia na tarde dessa terça-feira (10/11), e, em depoimento, alegou não ter parado para prestar socorro porque ficou em “pânico”. Depois de ter sido ouvido por três horas, ele foi liberado.

A jornalistas da TV Globo, o advogado de José Maria da Costa Júnior afirmou que o cliente não ingeriu bebida alcoólica no dia do atropelamento. Mas perdeu a razão por entrar em pânico e fugir.

“Ele não parou para prestar socorro tendo em vista o pânico dele no momento. Ele perdeu ali, vamos dizer, a razão, ficou completamente num estado de tensão muito forte e decidiu sair do local”, explicou o defensor, que não se identificou.

O defensor do acusado aproveitou ainda para interceder pela liberdade de José Maria. “Ele preenche os requisitos para responder esse processo em liberdade. Porém, se o juiz decretar a prisão preventiva dele após as eleições, eu me comprometo a vir e apresentá-lo. Ele não vai fugir”, finalizou.

Entenda o caso

Marina Kohler Harkot, de 28 anos, foi atingida quando trafegava de bicicleta pela Avenida Paulo VI, em Sumaré, zona oeste de São Paulo. O condutor da Tucson de cor prata fugiu do local sem prestar socorro. Uma policial à paisana que passava pelo local anotou a placa e o modelo do carro.

Mais tarde, a Polícia Civil localizou o veículo e identificou o responsável, José Maria da Costa Júnior. Em sequência, a polícia conduziu buscas nos imóveis do suspeito, mas a prisão não pôde ser feita devido à Lei Eleitoral, que não permite que cidadãos sejam detidos a menos de cinco dias do pleito. A polícia então solicitou à Justiça a prisão preventiva do acusado.

Imagens obtidas pela Globo News mostraram José sorrindo e falando ao telefone em um elevador ao lado de uma mulher. As imagens seriam de minutos após o acidente. Segundo os investigadores, no vídeo, ele não demonstra nervosismo por ter acabado de se envolver em um acidente, apesar de afirmar no depoimento que estava em “pânico”.

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