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Advogado diz que pai de Henry estuda pedir exumação do corpo do menino

Equipe médica que atendeu a criança no hospital e a empregada deverão prestar depoimento à polícia nesta semana

atualizado

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Henry Borel
1 de 1 Henry Borel - Foto: Reprodução/Redes sociais

Rio de Janeiro – O advogado Leonardo Barreto, que defende Leniel Borel de Almeida Jr., disse que o pai estuda pedir a exumação do corpo do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, que morreu no último dia 8, ao chegar sem vida a um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

A possível exumação do corpo e uma nova necropsia poderiam ajudar a Polícia Civil do Rio de Janeiro a desvendar a misteriosa morte da criança.

De acordo com o perito legista Nelson Massini, com base nos dois laudos produzidos pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, o mais provável é que a criança tenha recebido golpes, como socos e pontapés, sido atingida por instrumentos contundentes, como porretes ou tábuas, ou arremessada contra uma parede ou o chão.

“Assim mostrou o primeiro laudo. No complemento, não acrescentou muito. A polícia está diante de um acidente ou crime. Então, tem que ter uma junta de peritos para fazer novos exames. A exumação do corpo é uma saída. Assim como fazer a perícia no quarto onde o menino dormiu, para medir probabilidade de queda”, analisou.

Nesta semana, a equipe médica que atendeu Henry em um hospital particular da Barra da Tijuca vai prestar depoimento. Investigadores querem saber em que condições o garoto deu entrada no hospital.

A empregada da casa que Henry morava também será ouvida pela polícia. Agentes estiveram no apartamento na manhã da segunda-feira (8/3), logo após a morte do menino, mas, como a funcionária já havia feito a limpeza da casa, a coleta de alguns elementos que poderiam ajudar nas investigações não pôde ser feita.

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Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel
Henry chegou ao hospital com diversas marcas de agressão
Henry Borel e o pai, Leniel Borel
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Vereadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Henry Borel

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Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel

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Henry chegou ao hospital com diversas marcas de agressão

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Henry Borel e o pai, Leniel Borel

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Entenda o caso

O menino Henry Borel Medeiros morreu no último dia 8 de março, em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram um fim de semana normal. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.

Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo boletim de ocorrência registrado pelo pai da criança.

De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.

Investigações

Como parte da investigação da morte de Henry, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) fizeram uma espécie de reconstituição do último dia do menino, no domingo, quando estava em companhia do pai. Eles recolheram imagens de câmeras do circuito interno de um shopping, onde o garoto foi a um parquinho, e do condomínio em que Leniel Borel morava.

Segundo os investigadores, o menino chegou aparentemente saudável aos locais. A polícia também ouviu testemunhas em ambos os lugares.

No dia 17, Monique e Dr. Jairinho foram ouvidos, separadamente, por cerca de 12 horas na 16ª DP. De acordo com a polícia, a mãe e o namorado só foram ouvidos nove dias depois do crime porque Monique estaria em estado de choque, sob efeito de medicamentos.

No depoimento deles, ambos afirmaram que estavam em um quarto vendo série e, quando foram dormir, a mãe encontrou Henry caído no chão, ao lado da cama, com as extremidades frias e com dificuldade para respirar. Monique disse à polícia que acredita que o menino tenha caído da cama antes de morrer.

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