Advogado diz que Jairinho está deprimido com vida na prisão de Bangu 8
Acusado por morte do menino Henry, o ex-vereador tem usado medicamentos controlados sob supervisão de psiquiatra do sistema penal do Rio
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – O ex-vereador e médico Jairo dos Santos Souza Junior, o Dr. Jairinho, está deprimido com a vida na penitenciária Petrolino Werling de Oliveira, mais conhecida como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio.
Para suportar a rotina na cela, Jairinho tem usado medicamentos controlados com doses prescritas por um psiquiatra do sistema penal do Rio.
Em depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), antes de ser acusado e preso pela morte do menino Henry Borel, Jairinho já havia mencionado o uso de remédios de tarja preta para dormir.
“Ele está deprimido, profundamente triste por causa de injustiças e inverdades relacionadas ao processo. A mídia o apresenta como perigoso, e não é nada disso”, diz Braz Santana, advogado que representa Jairinho.
Padrasto do menino Henry Borel, Jairinho e a mãe da criança, Monique Medeiros, são acusados pelo crime.
Na madrugada do dia 8 de março, o garotinho foi levado por Jairinho e Monique para o Hospital Barra D’Or, na zona oeste carioca. Já estava morto quando chegar ao local. O casal alegou acidente doméstico. Mas o laudo do Instituto Medico Legal apontou 23 lesões por agressões no corpo de Henry.
Depoimento da babá Thayna Oliveira Ferreira revelou que Monique foi informada sobre as agressões praticadas por Jairinho contra Henry em outras ocasiões. Mãe e padrasto respondem por tortura e homicídio qualificado.
Na terça-feira (20/7), o juiz em exercício Daniel Werneck Cotta, do 2ª Tribunal do Júri, negou o pedido de liberdade de Monique e Jairinho. Na decisão, o magistrado classificou o crime como cruel.
Jairinho também voltou a ser denunciado, nesta terça-feira (20/7), pelo Ministério Público pelos crimes estupro, lesão leve, lesão grave, vias de fato e lesão na modalidade de dano à saúde emocional cometidos contra uma ex-namorada, entre os anos de 2014 e 2020. Ele responde ainda por tortura contra duas crianças.