Advogado de Gabriel Monteiro foi expulso da PM por fazer ameaças
Sandro Figueiredo foi soldado até 2006; moradores da zona oeste do Rio denunciaram as ameaças, o ex-PM afirma ter sido absolvido
atualizado
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Rio de Janeiro – O advogado do vereador, youtuber e ex-PM Gabriel Monteiro (PL) já fez parte do quadro da Polícia Militar, mas foi expulso da corporação em 2006. Ele foi acusado de ameaçar moradores da Taquara, na zona oeste do Rio.
De acordo com o jornal O Globo, Sandro Acácio Fraga Gramacho de Figueiredo pedia para que os moradores pagassem entre R$ 15 e R$ 30 pela “realização de serviço consignado como segurança”. Na época, ele era soldado e estava lotado no 22º BPM (Maré).
Além disso, de acordo com o boletim interno da Polícia Militar, um morador procurou a polícia, em 2005, e afirmou que era alvo de ameaças e agressões por parte de um dono de bar da região, após reclamar de músicas altas no estabelecimento. Ele disse que o comerciante tinha um “consórcio” com Figueiredo e um outro agente.
Devido às denúncias, a Corregedoria da PM realizou uma operação e flagrou o policial que agia como dupla de Figueiredo armado e com colete balístico dentro de um carro na região. O advogado foi preso administrativamente nesse dia ao chegar ao local e adotar “postura inconveniente em insistir falar com os conduzidos”.
Ao Globo, Figueiredo confirmou que foi preso em 2005 e permaneceu na cadeia até o fim de 2007, mas afirmou que foi absolvido de todos os crimes.
“Algo que aconteceu na minha vida em 2005 não pode ser levado em consideração, porque a própria Constituição Federal afirma que não pode haver pena de caráter perpétuo”, disse.
Testemunhas do caso de Monteiro
De acordo com um documento feito pela delegada Talita Roberta Carlos Carvalho no dia da oitiva de seis testemunhas da denúncia movida contra o vereador Gabriel Monteiro, a visita de Figueiredo à delegacia causou desconforto.
“É importante registrar que, enquanto as seis testemunhas se encontravam nesta delegacia para oitiva, foram surpreendidas com a visita (inesperada) do Dr. Sandro, patrono de Gabriel, o que causou desconforto àquelas e temor”, descreveu a delegada.
Figueiredo disse que a interpretação da delegada foi “totalmente equivocada”.