Advogado de Gabriel Monteiro é suspeito de agressão a duas ex-mulheres
Sandro Acácio, que faz a defesa do vereador, ex-PM, é investigado de estelionato e lesão corporal por violência contra mulher
atualizado
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Rio de Janeiro – O PM licenciado e advogado Sandro Acácio Fraga Gramacho de Figueiredo também é alvo de investigações, assim como seu cliente Gabriel Monteiro (PL), ex-PM e vereador do Rio de Janeiro.
Sandro é acusado de violência contra duas ex-companheiras e de estelionato. Uma delas foi até a delegacia da Taquara, na zona oeste, para prestar queixa. Ela afirmou que a briga começou em um camarote na Marquês de Sapucaí, no Carnaval de 2020.
Quando chegaram em casa, a mulher foi jogada no sofá e agredida com socos e teve o cabelo puxado.
Pouco mais de um ano depois, outra ex- companheira foi na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, na Zona Oeste, formalizar uma denúncia. Ela afirma que estava tomando banho quando Sandro invadiu o banheiro e a agrediu com socos, tapas e pontapés.
Essa mesma mulher registrou uma ocorrência de estelionato contra o ex- companheiro, que teria realizado a transferência de seu automóvel para o próprio nome, de forma fraudulenta.
Depois de Sandro realizar a troca de nomes, ele teria rebocado o veículo, um Jeep Renegade avaliado em R$ 70 mil, sem a permissão da ex.
Quebra de ética
Ele saiu da PM por cobrar “taxa de segurança” de moradores da Zona Oeste do Rio, em 2006, após ser preso administrativamente, segundo um boletim interno da Corporação, confirmando pelo RJ1.
O PM licenciado foi denunciado por moradores da Taquara, na Zona Oeste do Rio, por ameaçar e extorquir dinheiro, como se fosse uma milícia.
Segundo as acusações, ele e outro PM prestavam um serviço chamado por eles de “segurança”, com valor entre R$ 15 e 30 por mês.
Sandro, na época que era PM, negou todos os fatos. Mesmo após a negativa, a Corregedoria concluiu que ele desconsiderou a ética policial militar e que não era capaz de continuar no quadro da corporação.
Em nota, a “Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que o referido ex-militar foi licenciado a bem da disciplina em dezembro de 2006. Ele permaneceu na corporação por seis anos e saiu ainda soldado”.
O advogado não chegou a responder por essa denúncia na esfera criminal. O Metrópoles procurou o acusado, mas não teve retorno até a conclusão da reportagem.