Advogada que matou mãe e filho em GO fez chá revelação para falso bebê
Segundo a polícia, a advogada forjou uma gravidez para se manter próxima à família do ex-namorado. Ela foi indiciada por duplo homicídio
atualizado
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A advogada Amanda Partata, 31 anos, indiciada pela morte de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, forjou uma gravidez para se manter próxima à família do ex-namorado, Leonardo Pereira Alves Filho. Segundo a polícia, a mulher chegou a fazer um chá revelação para o falso bebê. O caso aconteceu em Goiânia (GO).
No dia 14 de dezembro, a advogada publicou em suas redes sociais um exame de ultrassonografia, que indicava uma gravidez de 23 semanas. “Me dá susto? Dá. Mas tá firme e forte”, escreveu ela. O exame, no entanto, era falso.
O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, afirmou que a mulher revelou estar grávida ao ex-namorado em agosto, um mês depois do término. Mas, após buscas na casa da advogada, os agentes encontraram dois testes, feitos em agosto e dezembro, e nenhum deles confirmava a gravidez.
“Ela utilizava isso como artifício para se manter próxima à família”, disse o investigador.
Segundo Alfama, o chá revelação teria demonstrado que ela esperava uma menina. “[estava] A família do ex-namorado, o Leozão [ex-sogro de Amanda], a dona Luzia, todos presentes. Ela convidou a própria família e comemoraram que seria uma menina. A todo momento ela pedia que a família passasse a mão na barriga dela, falasse com a barriga dela e, com isso, ela mantinha a proximidade com a família do ex-namorado”, detalhou.
Advogada suspeita de assassinato
Mãe e filho morreram no dia 17 de dezembro, horas depois de tomar um café da manhã com a advogada. O laudo da perícia apontou que as mortes foram causadas por uma substância altamente tóxica introduzida em dois bolos de pote consumidos durante a refeição. Segundo a Polícia Civil de Goiás, a mulher comprou o veneno pela internet uma semana antes do crime.
A investigação indica que os assassinatos foram motivados pelo sentimento de rejeição da advogada após o fim do relacionamento com o médico Leonardo Pereira Alves Filho, filho de Leonardo Pereira Alves, e pela vontade de causar o “maior sofrimento possível” ao ex-namorado.
Amanda está presa desde o dia 20. Ela vai responder pelo duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, e por envenenamento. A advogada ainda foi indiciada pela tentativa de homicídio qualificado do marido de Luzia, que também estava no café.