metropoles.com

Advogada grávida de 8 meses tem prioridade negada em audiência no TRT4

A advogada Marianne Bernardi teve de esperar por sete horas para fazer sustentação oral. TRT-4 se posicionou sobre o tema

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Instagram
A advogada Marianne Bernardi em uma foto preto e branco mostrando a barriga de gestante
1 de 1 A advogada Marianne Bernardi em uma foto preto e branco mostrando a barriga de gestante - Foto: Reprodução/Instagram

A advogada Marianne Bernardi, de 27 anos, teve a preferência para se pronunciar negada por cinco vezes em um julgamento virtual da 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região realizado na quinta (27/6). Ela teve de esperar de 9h15 até as 16h30 para se pronunciar.

Ela está grávida de 8 meses e desabafou nas redes sociais sobre o assunto. “Passei por situações constrangedoras e grave violação às minhas prerrogativas legais como advogada gestante. Foi lamentável”, afirmou ela.

Com os indeferimentos feitos pelo desembargador Luiz Alberto Vargas, a advogada teve de esperar por sete horas para fazer sua sustentação oral de sua defesa, mesmo que tenha afirmado seguidas vezes que a negativa era ilegal e que ela não estava se sentido bem.

Em suas justificativas, o desembargador afirmou que as prioridades só podem ser concedidas em sessões presenciais. Além disso, Vargas alegou não saber se Marianne estava realmente grávida.

 

TRT4 e OAB se manifestam a favor de advogada

Em nota pública, o TRT-4 afirmou que a posição adotada pelo desembargador não representa o posicionamento do tribunal. “A preferência das gestantes na ordem das sustentações orais é direito legalmente previsto (art. 7-A, III, da Lei 8.906/1994), devendo ser sempre respeitado, além de observado enquanto política judiciária com perspectiva de gênero”, afirmou o órgão.

Entretanto, o TRT-4 não se pronunciou sobre eventuais advertências ou sanções que possam ser dadas ao desembargador.

A Seccional RS da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicou uma nota de repúdio ao magistrado, afirmando que ele “deliberada e reiteradamente, os direitos legalmente assegurados às advogadas”, mesmo com pedidos de representantes da própria OAB durante a sessão para que a prioridade fosse respeitada.

A OAB afirmou que fará uma representação contra o desembargador. “É inaceitável que, em pleno ano de 2024, os direitos fundamentais das mulheres no ambiente de trabalho e as prerrogativas das advogadas sejam violadas de tal maneira”, sustentaram.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?