Advogada do PSC, Helena Witzel tem salário de R$ 22.390
O governador do RJ também era advogado da sigla antes de ser eleito, com salário de R$ 21,5 mil
atualizado
Compartilhar notícia
Em investigações sobre a família Witzel e a empresa DPAD, foi descoberto que a primeira-dama, Helena, também é funcionária do PSC, partido do governador do Rio de Janeiro. Ela atua como advogada da sigla desde janeiro de 2019 e recebe R$ 22.390, em regime celetista. As informações são do jornal O Globo.
Wilson Witzel também foi advogado do partido antes de assumir o cargo no RJ. Segundo a defesa de Helena, o PSC é uma “instituição de direito privado” e ela não está “prestando serviço para o estado”.
A respeito do contrato de 36 meses com a DPAD, o defensor da primeira-dama, José Carlos Tórtima, argumentou que o acordo estabelecido é comum na área, em que se paga uma taxa mensal para eventuais consultorias e necessidades judiciais.
“É como um plano de saúde, um seguro que você paga mensalmente. Se aparecer alguma encrenca com a sua saúde, você tem pelo menos a maior parte do custo coberto pelo plano. Isso se faz também na área jurídica”, disse, ao jornal.
O contrato faz parte do inquérito que investiga Witzel e Helena, como parte da Operação Placebo, deflagrada nessa terça-feira (26/05). O documento não foi entregue, pois a empresa é alvo de outra Operação da Polícia Federal, que levou o Superior Tribunal de Justiça a remeter as irregularidades.
O contrato foi citado na decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, que autorizou a Operação Placebo, deflagrada anteontem contra Witzel e Helena. Para investigadores, não há qualquer prova da prestação de serviços do escritório da primeira-dama para a DPAD.
“Esse contrato é idôneo. Os pagamentos foram efetuados e lançados na contabilidade do escritório. Foi paga a tributação de todos os valores recebidos”, defendeu, alegando que a cliente recebeu o valor nos últimos oito meses.