Advogada de atirador de GO diz que não houve omissão em acesso a arma
Segundo defensora, mãe de adolescente, que é policial militar e dona da arma utilizada no ataque, segue internada e em estado de choque
atualizado
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A advogada do adolescente de 14 anos que matou dois e feriu quatro colegas de classe no Colégio Goyases, em Goiânia, afirmou que não houve omissão dos pais no porte da arma utilizada no ataque. O jovem efetuou disparos em sala de aula na manhã desta sexta-feira (20/10) com uma pistola calibre .40 registrada no nome da mãe, que é policial militar.
A advogada evitou comentar sobre o pedido de internação provisória do adolescente por 45 dias, encaminhado neste sábado (21/10) pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). “Nós só vamos nos manifestar sobre as questões e o mérito depois que o garoto for apresentado ao juiz”, disse a defensora.“Não foi uma omissão absolutamente. Mas nós também não vamos dar mais detalhes agora”, afirmou a advogada Rosângela Magalhães. A Polícia Militar (PM) informou na sexta (20) que irá apurar em um procedimento administrativo se houve descuido dos pais. Ambos, que são integrantes da PM, deverão ser ouvidos pela corregedoria da corporação ao longo da semana.
Segundo o promotor do caso, Cássio Sousa Lima, o prazo de 45 dias é o tempo estimado para a conclusão do processo e a sentença da Justiça. O promotor afirmou que um juiz deverá convocar o garoto para depor na segunda ou na terça-feira e, então, tomar uma decisão provisória. Só ao fim do processo, virá a sentença definitiva. A internação máxima, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é de três anos.
Estado de choque
A defensora do adolescente informou que a mãe do estudante segue internada desde sexta (20) e se encontra sedada e em estado de choque. “Todos estão muito abalados”, resumiu a advogada. No depoimento prestado ao MP neste sábado (21), na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), o jovem estava acompanhado apenas pelo pai.