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Adolescente suspeita de matar amiga tentou criar álibi pelo WhatsApp

Após assassinato de amiga, em Goiânia, menor de 16 anos tentou se passar por inocente ao enviar mensagens para ela logo depois do crime

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mensagem enviada por menor que matou amiga em goiânia tentando criar um álibi
1 de 1 mensagem enviada por menor que matou amiga em goiânia tentando criar um álibi - Foto: Reprodução

Goiânia – Minutos depois de participar do assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, uma adolescente de 16 anos enviou mensagens no número da vítima para tentar criar um álibi. Ela é uma das quatro pessoas acusadas de envolvimento no caso, ocorrido em agosto passado. O grupo ainda escondeu o corpo sob pedras e entulhos numa mata do Setor Jaó, bairro nobre da capital goiana.

“O japa a gente ficou te esperando meia hora velho. Onde vc tá?”, escreveu a adolescente pelo WhatsApp, por volta das 21h52 do dia 24/8 deste ano. Foi nesta data em que Ariane foi atraída para uma emboscada armada por pessoas que se diziam amigas dela.

11 imagens
Ariane Bárbara chegou a mandar áudio para a mãe e foi encontrada morta no dia 31/8, em uma área de mata, em Goiânia
Cadáver foi localizado no mesmo bairro em que garota disse que ia com as amigas
Corpo de Ariane foi identificado pela impressão digital
"Mainha vou sair. Volto ainda hoje, tá?", escreveu Ariane, às 19h49 dia 24/8, ao sair de casa
Mensagens da mãe, preocupada, sem notícia da filha, até a manhã do dia seguinte (25/8)
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Ariane Bárbara tinha 18 anos e foi assassinada por pessoas que se diziam amigas

Facebook
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Ariane Bárbara chegou a mandar áudio para a mãe e foi encontrada morta no dia 31/8, em uma área de mata, em Goiânia

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Cadáver foi localizado no mesmo bairro em que garota disse que ia com as amigas

MyMaps/Google
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Corpo de Ariane foi identificado pela impressão digital

Instituto de Identificação de Goiás
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"Mainha vou sair. Volto ainda hoje, tá?", escreveu Ariane, às 19h49 dia 24/8, ao sair de casa

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Mensagens da mãe, preocupada, sem notícia da filha, até a manhã do dia seguinte (25/8)

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Ariane Bárbara e a mãe, a cabeleireira Eliane Laureano, de 35 anos

Arquivo Pessoal
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Ariane e a mãe, a cabeleireira Eliane Laureano, de 36 anos

Arquivo Pessoal
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Ariane Bárbara, de 18 anos, era filha única

Arquivo Pessoal
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"Perdi meu tudo", diz mãe de Ariane Bárbara, assassinada em Goiânia

Arquivo Pessoal
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Ariane e a mãe tinham relação próxima e faziam questão de dizer que se amavam sempre

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A jovem foi convidada para passear de carro e tomar um lanche, com tudo pago, mas foi morta a facadas dentro do veículo, um VW Fox preto. O corpo dela foi encontrado quase uma semana depois, numa área de mata do Setor Jaó, com marcas de oito facadas no tórax e na perna esquerda.

As mensagens foram encontradas pela polícia, durante a perícia dos celulares apreendidos. O que chamou a atenção, a princípio, foi o horário. É o mesmo que aparece nas imagens de câmeras de segurança que registraram o momento em que o veículo, no qual Ariane entrou, deixa o local onde o corpo dela foi abandonado.

Correlação entre os fatos

Tudo, segundo a polícia, faria parte do plano da adolescente para se livrar de qualquer acusação. A correlação entre os fatos, no entanto, levou a investigação até ela. Antes de sair de casa, a vítima enviou mensagens para a mãe, em tom de alegria, dizendo que sairia para se divertir com as amigas e logo retornaria.

Veja:

Ao ter acesso ao conteúdo de todas essas mensagens, a polícia, automaticamente, deduziu que a menor seria uma dessas amigas que havia convidado Ariane para sair, o que a tornou, logo, uma das suspeitas pelo desaparecimento da garota.

A jovem foi dada como desaparecida entre os dias 24/8 e 30/8, quando o corpo dela foi encontrado em avançado estado de decomposição por um morador da região, que estranhou o forte odor que vinha da mata.

Ela foi pega pelos amigos no Lago das Rosas, no Setor Oeste, por volta das 20h46 e, menos de 1h depois, já estava morta e soterrada.

A perícia encontrou, ainda, no celular da adolescente envolvida no assassinato, uma imagem das facas utilizadas no crime. Essa foto havia sido registrada por ela cerca de 30 minutos antes do grupo Ariane no local combinado.

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Três dos quatro presos pela morte e ocultação de cadáver de Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos, em Goiânia
Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, preso por participação no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia
Roupas de Jeferson e a faca utilizada no crime
Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, e tem 18 anos
Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, presa por participação na morte de Ariane
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Foto foi feita no dia do assassinato de Ariane Bárbara, minutos antes de ela ser pega por aqueles que se diziam "amigos"

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Três dos quatro presos pela morte e ocultação de cadáver de Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos, em Goiânia

Divulgação/PCGO
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Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, preso por participação no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia

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Roupas de Jeferson e a faca utilizada no crime

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Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, e tem 18 anos

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Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, presa por participação na morte de Ariane

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Imagem registrada pela polícia no quarto da Raíssa Nunes Borges

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Veículo utilizado no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia

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Adolescente liderou plano

Além da adolescente, outras três pessoas foram presas por envolvimento na morte da jovem. A adolescente, no entanto, conforme o inquérito e o teor dos depoimentos, teria sido uma das líderes e idealizadoras do plano de assassinato da garota.

Os demais presos, todos com mais de 18 anos, são: Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18 anos, jovem trans que usa nome social de Freya, Raíssa Nunes Borges, 19, e Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22. Esses três tornaram-se réus por homicídio qualificado, nesta semana. A Justiça aceitou a denúncia apresentada contra eles.

A adolescente de 16 anos segue apreendida e responderá pelo caso, seguindo o rito processual previsto para menores infratores. Em depoimento à polícia, ela contou em detalhes como tudo ocorreu.

Motivação chocou o país

O crime teve repercussão nacional. O motivo alegado pelos envolvimento, a princípio, chocou o país. Eles disseram que uma das participantes, Raíssa Nunes, desejava passar pela experiência de matar alguém para saber se era psicopata. A questão era saber se ela se sentiria com remorso.

Ariane conhecia todos os quatro envolvidos, alguns há mais tempo, outros nem tanto, mas eram, de certa forma, do convívio dela, na pista de skate que fica na praça de um supermercado em Goiânia. Ela havia sido escolhida como vítima por ser pequena, o que ajudaria a imobilizá-la e ofereceria uma risco menor de reação.

O plano da morte dela foi todo traçado no dia anterior. Ficou acertado entre os quatro envolvidos, por exemplo, segundo a polícia, que assim que ela entrasse no carro, seria colocada uma música específica e o motorista, Jeferson, estalaria os dedos para que o assassinato fosse iniciado.

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