Adolescente morto em MS após boato de estupro não cometeu o crime
A Polícia Civil apurou que o pai da jovem, inconformado com um relacionamento dela com a vítima, inventou o boato para matá-lo
atualizado
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Investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul mostrou que o adolescente de 17 anos executado após boato de que teria sido autor de um estupro não cometeu o crime. A vítima foi assassinada após ser denunciada ao “tribunal do crime”.
O crime ocorreu em Deodápolis (MS), município cerca de 260 km da capital do estado.
A polícia apurou que um dos autores teria ouvido o adolescente relatar sobre um suposto relacionamento amoroso com a filha dele, supostamente chamada de “gostosa”. Inconformado, ele passou a alegar, falsamente, que a garota havia sido estuprada pelo jovem.
O homem, junto a outros quatro, buscou a vítima em casa e a levou para uma área rural. Segundo a polícia, os autores “montaram um tribunal do crime” e executaram o jovem com facadas no coração e cortando o pescoço dele.
Em ação conjunta com a Polícia Militar, a Polícia Civil prendeu, na manhã desse domingo (14/1), cinco suspeitos de participação no homicídio. Todos os homens confessaram o crime e agora estão à disposição da Justiça.
“Trata-se de um crime bárbaro, que comoveu a população do município, mas que teve uma resposta rápida e contundente das forças policiais, que retiraram do convívio social indivíduos com alto grau de periculosidade”, informou o delegado Anderson Guedes de Farias.