Adolescente cai, bate cabeça em ferro e é pisoteado no BRT do Rio
Imagens do jovem recebendo atendimento médico foram divulgadas por passageiros nas redes sociais. Caso ocorreu na segunda-feira (8/3)
atualizado
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Um adolescente foi pisoteado após cair no BRT – A Parador (Madureira – Galeão) na tarde de segunda-feira (8/3), no Rio de Janeiro. O veículo estava lotado. As imagens do jovem recebendo atendimento médico foram divulgadas por passageiros nas redes sociais.
Ele aparece deitado no chão (imagem em destaque), enquanto profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) prestam os primeiros socorros. Segundo passageiros, o garoto foi empurrado, pisoteado e bateu com a cabeça em um dos ferros de apoio do BRT.
No local, houve muita aglomeração. Em nota, o BRT afirmou que acionou o SAMU, mas o caso gerou revolta entre os passageiros, que pedem por melhores condições no transporte público da cidade.
“E aí, Eduardo Paes. Esse adolescente foi empurrado, pisoteado e bateu com a cabeça no ferro dentro do BRT. Somos tratados como bichos. Os nossos psicológicos estão abalados”, afirmou a mulher que compartilhou a imagem nas redes sociais.
Força-tarefa
Na noite de segunda-feira, a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) anunciou que vai criar uma força-tarefa para acompanhar a superlotação e a falta de cumprimento das medidas restritivas e preventivas contra a Covid-19 nos transportes públicos da cidade. A ação foi criada após diversas imagens de ônibus lotados circularem na imprensa.
Ao anunciar que vai absorver a operação do sistema, na tarde da última quarta-feira (3/2), o prefeito Eduardo Paes (DEM) chegou a dizer que o sistema BRT trata a “população como gado”.
“Já tivemos uma intervenção no governo anterior que durou seis meses e ao final resultou apenas em um relatório mostrando o que a população já sabia”, explicou Dionísio Lins (Progressista), presidente da Comissão.
“É de conhecimento de todos que hoje apenas 40% dos usuários pagam passagem e os 60% restantes são de gratuidade e principalmente de pessoas que invadem as plataformas para viajar de graça. E o pior: acabam ocupando o assento daqueles que pagaram a passagem. Tudo isso acontece devido à ineficácia de uma segurança e fiscalização que já vem de longo tempo”, completou.
Um dia após o prefeito anunciar que assumirá a operação das vias expressas, o Metrópoles registrou cenas de desrespeito a medidas sanitárias.