Lesa Pátria: PF encontra arsenal com empresário Adoilto Coronel, do MS
Bolsonarista Adoilto Fernandes Coronel, de MS, é um dos alvos da 11ª fase da Operação Lesa Pátria. PF encontrou arsenal na casa dele
atualizado
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Deflagrada nesta quinta-feira (11/5) com o objetivo de identificar financiadores e fomentadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília, a 11ª fase da Operação Lesa Pátria tem como um dos alvos o empresário bolsonarista Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju, em Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal (PF) encontrou um arsenal na casa dele.
No total, são cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Paraná. Todos foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes determinou, ainda, o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.
Quem é Adoilto Fernandes
O empresário e apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é dono de uma loja de materiais de construção de Maracaju, município a 149 km de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Ele também é 2º secretário da Associação Empresarial da cidade.
Adoilto Fernandes constava como suposto financiador dos atos terroristas em uma lista divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU) em fevereiro. Além dele, 52 pessoas físicas e sete jurídicas tiveram os bens bloqueados a pedido da AGU à época.
Na sequência do episódio, Adoilto publicou uma nota negando que esteve em Brasília em 8 de janeiro. No entanto, o bolsonarista alegou que o material divulgado incluindo seu nome se tratava de “levantamentos preliminares, sem nenhuma certeza”.
“Portanto, esclareço que não participei e tampouco financiei o acontecido em Brasília no dia 8/1 e que, por ocasião do contraditório e do devido processo legal, caso seja instaurado qualquer investigação ou ação, tudo será devidamente comprovado e esclarecido”, afirmou na época.
Operação Lesa Pátria
Os fatos investigados na operação constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Em 8 de janeiro deste ano, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por pessoas que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos dessas instituições.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, as investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.