Acusados de ofender Moraes pedem inclusão de vídeo em inquérito. Veja
A defesa dos supostos agressores pede a inclusão de um vídeo feito por eles no qual Moraes aparece falando: “Bandido”
atualizado
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A defesa dos brasileiros Roberto Mantovani Filho, Andréia Munarão e Alex Zanatta Bignotto, acusados de ofender o ministro Alexandre de Moraes, no Aeroporto de Roma, Itália, pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que inclua em inquérito vídeo feito por eles na ocasião das discussões. O requerimento ocorre no Inquérito nº 4.940, sob relatoria do ministro Dias Toffoli, que tramita na Corte a fim de apurar os fatos.
O vídeo que a defesa quer juntar aos autos mostra o ministro Alexandre de Moraes saindo de uma sala e sendo provocado por um dos três, supostamente, Alex Zanatta Bignotto. Após perguntas, Moraes vira para o homem e diz: “Bandido”.
Tratando-se somente desse recorte de imagens, a defesa ainda pede a inclusão de parecer técnico elaborado, que, segundo os advogados, “comprova a integridade da aludida gravação, assim como realiza a transcrição das falas inteligíveis e responde aos quesitos apresentados”.
Para eles, de acordo com as imagens, “nenhuma ofensa é a ele direcionada, nem mesmo ao seu filho”.
Veja vídeo:
Essa, no entanto, é uma parte das imagens, feitas pelos acusados. Imagens do Aeroporto de Roma têm frames do que seriam as agressões. Mas o que as câmeras captaram no local ainda está em sigilo.
As autoridades da Itália enviaram à Polícia Federal (PF) imagens que mostram o momento da suposta agressão do empresário Roberto Mantovani contra o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Barci.
O inquérito da PF aponta que Mantovani “parece” ter batido com as costas da mão em Alexandre Barci.
“Na sequência, Roberto Mantovani parece bater as costas de sua mão direita no rosto de Alexandre Barci, vindo a atingir os óculos deste e, aparentemente, deslocá-los. Os óculos chegam a cair ao chão devido a uma discreta esquiva da vítima”, destaca um trecho do documento.
Apesar dos frames, os vídeos não foram divulgados.
Prorrogação
A investigação da Polícia Federal sobre as possíveis agressões e ofensas foi prorrogada a fim de dar mais tempo aos peritos para fazer a análise dos vídeos enviados por autoridades daquele país. A decisão foi do ministro Dias Toffoli, nesta quarta-feira (4/10).
O episódio ocorreu em julho deste ano, no Aeroporto de Roma, quando Moraes e familiares teriam sido abordados e ofendidos por brasileiros. O filho do magistrado teria sido agredido com um tapa.
Toffoli também retirou o sigilo dos autos, mas manteve a reserva das imagens de câmeras de segurança do aeroporto, que foram enviadas pela Justiça italiana. O ministro alegou que a divulgação de imagens de pessoas suspeitas “é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não ocorre no caso”.
Na decisão, proferida nesta quarta-feira (4/10), Toffoli atendeu pedido da PF para ampliar o prazo da conclusão das investigações.
Os investigados no inquérito são Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Bignotto, que negam ter agredido Moraes e a família do magistrado.
No momento em que teria sido agredido, Moraes estava na Itália e voltava de uma palestra ministrada na Universidade de Siena.
Segundo a versão de Moraes, o filho dele teria sido agredido fisicamente, e o grupo de brasileiros o teria chamado de “bandido, comunista e comprado”. Os investigados negam a agressão física.