Acusado de planejar massacre em GO defendia “escola nazista”: veja mensagens
Adolescente de 16 anos apreendido em Goiânia afirma que é “nazifacista”. O Metrópoles apurou que ele é filho de militar do Exército
atualizado
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Goiânia – O adolescente de 16 anos suspeito de planejar um massacre em escola da capital goiana se dizia nazifacista e defendia a criação de uma “escola nazi”. As informações fazem parte de material apreendido com ele na manhã desta quinta-feira (27/5) em operação conjunta entre a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e policiais dos Estados Unidos.
O Metrópoles apurou que o adolescente seria filho de um militar do Exército lotado em Goiânia. A operação policial na manhã desta quinta-feira (27/5) teria ocorrido justamente na Vila Militar, localizada ao lado do Comando de Operações Especiais do Exército na capital goiana, no Jardim Guanabara, região norte da capital.
As mensagens de cunho nazifascista foram retiradas de conversas que o adolescente mantinha com colegas em aplicativos de mensagens e pelas redes sociais. Elas estavam no celular do jovem, que, em um perfil de rede social, se dizia “Jovem, branco, rico e bonito 1.6 y Nazifascita”. Ele ainda completava: “não aceito judeus”.
Em uma conversa por aplicativo de mensagem, o adolescente disse que, se tivesse dinheiro suficiente, “queria fazer uma escola nazi”. No caso, isso seria na Região Sul do país. “Cunhataí pra ser mais exato” e ainda completou: “que mais de 90% da população é branca”. O interlocutor avaliza: “Brabo”. Cunhataí é uma cidade de Santa Catarina.
A Polícia Civil também teve acesso a cadernos que estavam em posse do adolescente. É possível ver desenhos de suásticas e até uma figura rascunhada que poderia ser identificada como de Adolf Hitler.
Antecipação
A Polícia Civil de Goiás descobriu o fato após ter acesso a uma troca de mensagens do adolescente, em que ele indicava a intenção de ataques a escolas da capital. No celular do adolescente, foram encontrados indícios de participação em grupos que planejam massacres a escolas, além de apoio, ações e doutrina nazistas.
O caso é semelhante ao que foi descoberto recentemente em Brasília por meio de colaboração entre a Polícia Civil do Distrito Federal e representantes da polícia dos Estados Unidos. Na oportunidade, era planejado um ataque a uma escola do Recanto das Emas, na capital federal.
A delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Marcella Orçai, dará mais detalhes sobre o caso em coletiva nesta tarde. Um boletim de ocorrência foi lavrado, e o adolescente foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).
O caso foi descoberto com auxílio da Homeland Security Investigations, da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, e da Secretaria de Operações Integradas, do Ministério da Justiça, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas.