Acusado de crimes sexuais, Brennand nega estar foragido: “Conspiração”
Empresário teve prisão preventiva decretada após pelo menos 15 mulheres dizerem ser vítimas dele. Em vídeos, ele negou estar foragido
atualizado
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Após ter a prisão preventiva decretada, o empresário foragido Thiago Brennand, que agrediu uma atriz dentro de uma academia de luxo, em São Paulo, publicou uma série de vídeos nas redes sociais se defendendo das acusações. Nas imagens, ele negou estar fugindo da Justiça e ameaçou: “Vocês mexeram com a pessoa errada”.
“Essa farsa que visa prejudicar um cidadão que vocês morrem de inveja. Branco, heterossexual ‘inegociável’. Armamentista, óbvio. Conservador, sempre”, afirma.
O empresário de 42 anos também cita uma “conspiração” contra ele no Brasil, e argumenta que as denúncias de violência sexual começaram a vir à tona depois que as imagens da agressão na academia repercutiram.
Os vídeos foram publicados originalmente no YouTube, no último domingo (9/10), mas foram apagados horas depois. No entanto, as imagens aparecem capturadas e reproduzidas por outros canais.
Brennand teve a prisão preventiva decretada em 27 de setembro. A decisão da 6ª Vara Criminal de São Paulo acolheu pedido do Ministério Público, no caso em que ele é acusado de agredir a empresária e atriz Helena Gomes em uma das academias mais caras da capital paulista.
No vídeo, o empresário alega estar “absolutamente tranquilo” e não especifica a sua localização. Ele também nega ter dívidas com a Justiça brasileira.
“Estou tranquilo onde estou. Não estou fugindo. Prisão ilegal? Quem que vai se submeter a um Estado de exceção?”, chega a dizer, sem dar maiores detalhes.
Prisão decretada
Brennand responde pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores, porque teria incentivado o próprio filho adolescente a ofender Helena. Antes de ser denunciado pelo Ministério Público, ele deixou o Brasil e viajou para Dubai. Por isso, a Justiça também pediu a inclusão do nome dele na difusão vermelha da Interpol — lista de procurados da polícia internacional.
Enquanto segue procurado pela polícia, as acusações contra o herdeiro se acumulam. Outras 15 mulheres revelaram terem sido vítimas dele, das quais três foram ouvidas na última semana pelo Ministério Público.