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Acusado de abusar pacientes em GO e DF, ginecologista está proibido de atender em todo país

Conselho de medicina em GO decidiu pela interdição do médico acusado de abusos sexuais por mais de 50 mulheres; DF também já o interditou

atualizado

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TV Anhanguera
Ginecologista violação sexual goias anapolis
1 de 1 Ginecologista violação sexual goias anapolis - Foto: TV Anhanguera

Goiânia – O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) interditou o médico ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau, de 41 anos, suspeito de cometer abusos sexuais contra pacientes.

A interdição temporária proíbe o profissional de exercer a medicina em todo o país. A medida foi aprovada em reunião do Cremego na última terça-feira (5/10) e comunicada ao médico no início da noite de quarta-feira (6/10).

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Ginecologista suspeito de crimes sexuais se defendeu em entrevista para a TV Anhanguera
Médico chegou a ser condenado por abuso de 2018
Ginecologista suspeito de abusos em entrevista para uma rádio de Anápolis (GO) em 2019
Polícia Civil ouviu cerca de 50 vítimas de ginecologista suspeito de violação sexual
Vítima relatou abuso em sua página no Instagram
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Ginecologista Nicodemos é suspeito de violação sexual mediante fraude

PCGO
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Ginecologista suspeito de crimes sexuais se defendeu em entrevista para a TV Anhanguera

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Médico chegou a ser condenado por abuso de 2018

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Ginecologista suspeito de abusos em entrevista para uma rádio de Anápolis (GO) em 2019

Reprodução/ Facebook
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Polícia Civil ouviu cerca de 50 vítimas de ginecologista suspeito de violação sexual

Arquivo pessoal
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Vítima relatou abuso em sua página no Instagram

Reprodução
Prisão

Nicodemos chegou a ficar preso preventivamente por cinco dias após operação da Polícia Civil de Goiás em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. Cerca de 50 mulheres relataram denúncias na delegacia após a prisão. Ele está solto desde 4/10 e é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Em nota, o Cremego explicou que a interdição temporária é um procedimento administrativo para restringir o exercício da profissão por médicos cuja ação ou omissão, decorrentes de sua profissão, esteja prejudicando gravemente a população, ou na iminência de fazê-lo.

A interdição é válida por seis meses, mas pode ser prorrogada por mais seis meses ou revogada a qualquer momento. Um processo ético-profissional tramita em sigilo no Conselho Regional, desde que o profissional foi preso, em 29/9.

DF

Até mesmo antes da ação do conselho em Goiás, no fim da tarde da última sexta-feira (1º/10), o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, onde o médico também tem registro, decidiu interditar preventivamente o profissional. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o ginecologista ficará suspenso de exercer qualquer atividade até o julgamento definitivo, que pode ocorrer em até 6 meses e ser prorrogado por mais seis meses. Dependendo do andamento do inquérito, Nicodemos pode até ter o registro profissional cassado.

Condenação e denúncias

O ginecologista tem uma condenação em primeira instância de dezembro de 2020 por importunação sexual. Segundo a vítima, o profissional colocou o dedo em suas partes íntimas, encostando nela por trás, durante um exame, em uma clínica do Samambaia (DF).

A operação da Delegacia da Mulher de Anápolis foi baseada no caso de três pacientes da cidade goiana que o denunciaram. Uma pessoa do Paraná chegou a denunciá-lo anteriormente, mas o caso foi arquivado.

De acordo com depoimentos, o médico tentava estimular sexualmente as pacientes durante procedimentos médicos, enviava mensagens e fazia comentários de conteúdo sexual. Ele também teria oferecido cirurgia em troca de sexo.

A defesa do ginecologista tem dito que as denúncias feitas contra o profissional têm relação com o “simples exercício profissional”. “O médico em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”, diz nota assinada pelo advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins.

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