Acusada de matar amiga para “testar psicopatia” pede perdão pelo crime
O crime ocorreu em 2021 e chocou pela motivação torpe: a acusada queria testar se era “psicopata”
atualizado
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Durante júri popular, Raíssa Nunes, jovem acusada de matar Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de apenas 18 anos, confessou o crime e pediu perdão à mãe da vítima.
O crime ocorreu em 2021 e chocou pela motivação torpe: as investigações apontaram que Raíssa queria testar se era “psicopata”. Além de Raíssa Nunes, outro acusado, Jeferson Cavalcante, enfrenta o júri popular.
No interrogatório, a acusada contrariou a defesa, que havia dito que ela permaneceria em silêncio durante a oitiva. Raíssa disse que pensou na própria mãe ao decidir falar. “Me falaram para não falar a verdade, mas eu não conseguiria não falar”, afirmou.
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Durante a sessão, Raíssa confirmou a participação no crime junto a uma menor de idade, Jeferson Cavalcante e Enzo Jacomini Carneiro Matos, conhecido como Freya.
Ela confessou ter participado do enforcamento da jovem no banco de trás do veículo e ter desferido golpes de faca contra ela. “Fui eu quem dei a primeira facada, que foi no peito, ela tava ainda acordava”, afirmou Raíssa durante julgamento.
Relembre o crime
O assassinato teria sido cometido em 24 de agosto de 2021 para testar a psicopatia de Raíssa Nunes Borges, à época com 19 anos. Jeferson, Raíssa e Enzo, e ainda uma adolescente envolvida no caso, conheciam Ariane de uma pista pública de skate.
Ariane foi atraída por eles ao ser convidada para tomar um lanche. Ela chegou a enviar uma mensagem de áudio para a mãe, avisando que sairia com as amigas. Pelo tom da fala, ela aparentava estar alegre e animada para o compromisso, conforme descreve o delegado que investigou o caso.
Os acusados a buscaram de carro e, assim que ela entrou no veículo, deram início ao plano de assassinato. Ariane foi selecionada por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer resistência.
Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais combinados previamente como indicativos para o início da execução.
A vítima foi estrangulada e desmaiou. Em seguida, foi esfaqueada pelas jovens. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.
O corpo de Ariane foi encontrado em 31 de agosto, sete dias após ela ser considerada desaparecida.
Outra condenação
Em 13 de março, o júri condenou Enzo Jacomini Carneiro Matos, conhecido como Freya, a 15 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato e ocultação do corpo de Ariane.
A denúncia apresentada à Justiça também apontava o crime de corrupção de menores, mas ele foi absolvido dessa acusação. A condenação é de 14 anos pelo homicídio e de 1 ano pelo crime de ocultação de cadáver.
Os jurados consideraram que o crime foi praticado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima.