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“Acreditava plenamente na impunidade”, diz delegada que prendeu médico

Giovanni Quintella é acusado de estuprar paciente grávida em centro cirúrgico; ele está preso por tempo indeterminado

atualizado

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Delegada Bárbara Lomba é responsável pela investigação do estupro durante parto que pode ter sido cometido pelo anestesista Giovanni Quintella
1 de 1 Delegada Bárbara Lomba é responsável pela investigação do estupro durante parto que pode ter sido cometido pelo anestesista Giovanni Quintella - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

Rio de Janeiro – Depoimentos de testemunhas do caso de estupro de Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, contra paciente destacam postura de “poder” do médico anestesista em centro cirúrgico.

“Ele acreditava plenamente na posição e no poder dele, na impunidade”, afirma Barbara Lomba, delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, ao Metrópoles.

Segundo Lomba, Giovanni tentava coibir os técnicos de enfermagem. “Em um dos relatos que tivemos, uma enfermeira disse que começou a se aproximar dele antes do início do procedimento e começou a observar. Ela relata que ele ficou incomodado e, inclusive, começou a olhar de forma intimidadora para ela, começou a tratá-la rispidamente, dando a entender que ela não deveria estar na sala”, diz a delegada.

“Na cabeça dele, não existia nenhuma chance contra ele.”

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Delegada Barbara Lomba é responsável pela investigação do estupro durante parto que pode ter sido cometido pelo anestesista Giovanni Quintella
Jovem foi sedada e acredita ter sido vítima de estupro do anestesista Giovanni Quintella
Giovanni Quintella foi transferido da Deam para o presídio de Benfica
Giovanni Quintella Bezerra
Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante
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Responsável pela prisão do anestesista Giovanni Quintella, a delegada Barbara Lomba acredita que ele possa ter estuprado outras vítimas

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Delegada Barbara Lomba é responsável pela investigação do estupro durante parto que pode ter sido cometido pelo anestesista Giovanni Quintella

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Jovem foi sedada e acredita ter sido vítima de estupro do anestesista Giovanni Quintella

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Giovanni Quintella foi transferido da Deam para o presídio de Benfica

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Giovanni Quintella Bezerra

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Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante

Reprodução de vídeo
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Vídeo flagra médico anestesista estuprando grávida durante parto cesárea

Reprodução

Giovanni está preso preventivamente pelo crime contra uma grávida que estava em uma cirurgia cesariana, no último domingo, dia 10. Outros cinco casos de possíveis estupros são investigados, sendo dois deles no mesmo dia do flagrante.

“Tudo indica que ele sempre agiu da mesma forma”, afirma a delegada. O médico levantou suspeitas há cerca de um mês, mas foi apenas no último fim de semana que a equipe de enfermagem do Hospital da Mulher Heloneida Studart conseguiu montar um esquema para filmá-lo.

Sedação e estupro

Em depoimento na manhã de terça-feira (12/7), duas médicas alegaram estranhar a quantidade de anestesia que Giovanni dava para as pacientes, mas que não ligaram isso a uma forma que utilizasse para cometer um crime.

“Os médicos não viram nada, mas disseram que a sedação não era comum. Fica a cargo do anestesista. Não é comum. Geralmente, sedam quando há uma agitação. Eles, como estavam focados [na cirurgia], não notaram que ele fazia isso para uma finalidade criminosa”, explica a delegada.

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O médico estava em atendimento no Hospital da Mulher Heloneida Studart. Ele pegou um papel para limpar a paciente após o crime
O profissional foi preso logo após o flagrante da câmera
O homem age no centro cirúrgico sem ser notado pelos colegas que estão ao lado
Ele responderá por estupro de vulnerável
A equipe de enfermagem estava desconfiada de Giovanni Quintela há um mês
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Câmera no centro cirúrgico flagrou o momento em que Giovanni Quintella Bezerra coloca o pênis na boca de mulher durante cesariana

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O médico estava em atendimento no Hospital da Mulher Heloneida Studart. Ele pegou um papel para limpar a paciente após o crime

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O profissional foi preso logo após o flagrante da câmera

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O homem age no centro cirúrgico sem ser notado pelos colegas que estão ao lado

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Ele responderá por estupro de vulnerável

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A equipe de enfermagem estava desconfiada de Giovanni Quintela há um mês

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Ele estuprou paciente ao lado dos colegas no centro cirúrgico

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Nas imagens, é possível ver Giovanni com a mão no pênis e na paciente

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A todo instante o anestesista olhava para os lados durante a ação

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Médico aparece com a mão nas partes íntimas durante cirurgia

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Segundo Lomba, um anestesista ouvido na segunda-feira (11/7) relatou que a cada 90 cirurgias que faz, em média, apenas duas pacientes são sedadas.

“Reafirmo nunca ter visto uma atrocidade como essa, sendo um profissional da saúde, dentro de um ambiente hospitalar, da forma como foi feito. Não é que o estupro me surpreenda, o estupro acontece. Pode até ser por um médico, nós já vimos. Mas não nessas condições”, afirma a delegada.

“Mesmo que nos surpreenda, ele é mais uma expressão da violência que nós mulheres sofremos. Esse homem se aproveitou de uma mulher pelo fato de ser mulher, e em um momento em que ela estava vulnerável e precisava mais dele como médico. Acho que não é só um crime o estupro, é a ação dessa pessoa. É uma das ações mais aberrantes e violentas que eu já vi na minha atividade policial”, completa.

Até a publicação da reportagem, não havia informação de advogados tivessem assumido o caso do médico anestesista.

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