Acre: homem pega mais de 80 anos de prisão por estuprar as 4 irmãs
Uma das crianças tinha apenas 3 anos quando iniciaram os abusos. As outras três tinham entre 8 e 10 anos, na época
atualizado
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Um homem de 26 anos foi condenado pelo o Juízo da Vara Criminal da Comarca de Bujari, interior do Acre, a mais de 80 anos de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável. A Justiça ainda aponta que ele abusou sexualmente das quatro irmãs menores de 14 anos entre 2008 e 2021. As informações são do G1.
As meninas foram submetidas a exames de corpo de delito que comprovaram os abusos. Informações apontam que uma das crianças tinha apenas 3 anos quando iniciaram os abusos. As outras três tinham entre 8 e 10 anos, na época.
As vítimas ainda relataram que o irmão se aproveitava da hora em que todos estavam deitados para deitar ao lado delas e praticar atos libidinosos e ter relação sexual com elas.
O acusado também contou detalhes dos atos em juízo. Ele afirmou que os estupros eram praticados sem preservativos e em diversas vezes.
O processo aponta que abusos seguiram por toda infância, adolescência e até a vida adulta de uma das vítimas, que atualmente está com 20 anos. Ela contou, durante o depoimento, que o último abuso ocorreu no início desse ano.
“Ouvidas em juízo, todas as vítimas do crime confirmaram os abusos sofridos outrora relatados perante a autoridade policial, ressaltando que os abusos costumavam ocorrer no período noturno, quando as vítimas estavam dormindo”, ressalta o processo.
O homem já havia sido preso em flagrante, em março, por matar o padrasto a pauladas e machadadas na zona rural do Bujari. Na época, ele confessou o crime e alegou que teria matado o homem após ver a mãe sendo agredida e ameaçada pelo padrasto durante uma briga.
Porém, a sentença aponta que o suspeito cometeu o homicídio após o padrasto descobrir os abusos. “A propósito, devo mencionar que os estupros somente foram denunciados após o réu matar o próprio padrasto, que segundo a denúncia do processo que ele responde perante este juízo, o padrasto teria o repreendido, pedindo que ele parasse de abusar de suas irmãs”, diz parte da sentença.
Da sentença ainda cabe recurso, mas o acusado não pode recorrer em liberdade. A defensora Vera Lúcia Bernardinelli disse que ainda não recebeu a sentença e só poderá se pronunciar sobre o caso quando tiver acesso.