Ação da PF mira em campanha de Haddad para prefeitura de SP em 2012
A corporação informou que 30 policiais cumprem nove mandados de busca e apreensão. O inquérito é um desmembramento da Operação Lava Jato
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (1º/6) a Operação Cifra Oculta para apurar crimes eleitorais e lavagem de dinheiro relacionados à campanha, em 2012, do então candidato Fernando Haddad (PT), para prefeitura municipal de São Paulo. A ação é um desdobramento da Operação Lava Jato.
Em nota, a corporação informou que 30 policiais cumprem nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, na capital do estado, São Caetano e Praia Grande.
A ação se iniciou em novembro de 2015 por causa de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para desmontar a colaboração premiada de executivos da empresa UTC em anexos para a investigação nos estados.
O inquérito apura o pagamento, pela empreiteira, de dívidas de uma das chapas da campanha de 2012 à prefeitura municipal de São Paulo, referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões.A dívida teria sido paga por meio de um doleiro, em transferências bancárias e dinheiro vivo, para empresas. Uma empresa mencionada na delação aparece como fornecedora de serviços, com valores informados de R$ 354 mil. Somente consta da prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) outra prestação de serviços gráficos de R$ 252 mil, quantia bem inferior aos R$ 2,6 milhões, que teriam sido pagos pela empreiteira UTC a gráficas.
Os investigados responderão, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de falsidade ideológica na prestação de contas à Justiça Eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas de até 10 anos de prisão e multa.