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Ação contra pedofilia prende professor e agente socioeducativo do DF

As prisões ocorreram em Valparaíso (GO). No DF, também foram encarcerados um aposentado, um estudante de educação física e um empresário

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pedofilia prisao brasilia
1 de 1 pedofilia prisao brasilia - Foto: Mirelle Pinheiro/Metrópoles

Um agente socioeducativo de 47 anos e um professor de 42 do ensino médio, que moram em Valparaíso (GO) e são lotados no Distrito Federal, estão entre os presos da segunda fase da Operação Luz na Infância, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17/5).

Com eles, a equipe da Delegacia GIH/Genarc, da Polícia Civil de Goiás, encontrou farto material de pornografia infantil. “Foram apreendidos pen-drives, HDs externos, computadores e celulares”, disse o delegado Rafael Abrão. A fiança para cada um deles foi estabelecida em R$ 22 mil. Como não foi pago o valor, eles continuam presos, à disposição da Justiça.

A segunda fase da Operação Luz na Infância, de combate a pedófilos que agem em todo o país disseminando fotografias de crianças e adolescentes em cenas de sexo, foi deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta (17). Ao menos 2,6 mil policiais saíram às ruas para cumprir 579 mandados de prisão e de busca e apreensão em 24 estados e no Distrito Federal.

Foram encarcerados, até a última atualização desta matéria, 251 pessoas acusadas de crimes virtuais de pedofilia. Destes, 128 moram na região Sudeste; 47 no Nordeste; 38 no Sul; 21 no Centro-Oeste; e 17 nos estados do Norte do país.

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O painel da sala de controle é atualizado em tempo real, com a comunicação entre a Polícia Civil de cada unidade da federação e o Ministério de Segurança Pública
As identidades dos presos e das vítimas são mantidas em sigilo
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A foto do Núcleo de Monitoramento, do ministério da Segurança Pública, mostra os estados onde foram presos os pedófilos

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O painel da sala de controle é atualizado em tempo real, com a comunicação entre a Polícia Civil de cada unidade da federação e o Ministério de Segurança Pública

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As identidades dos presos e das vítimas são mantidas em sigilo

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Na capital do país, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) cumpriu 14 mandados judiciais de busca no Plano Piloto e em outras 10 regiões administrativas. Um empresário, um estudante e um estudante de educação física foram presos na Asa Norte, no Cruzeiro Velho e no Park Way.

Todos compartilhavam e armazenavam conteúdo impróprio. Os agentes fizeram ainda batidas em casas no Recanto das Emas, Vicente Pires, São Sebastião, Guará, Planaltina, Samambaia, Ceilândia e Taguatinga. A polícia optou por não divulgar o nome dos suspeitos, mas eles têm idades que vão de 27 a 69 anos.

Acionadas, as secretarias de Educação e da Criança disseram não ter conhecimento das prisões dos dois servidores das pastas, ocorridas em Valparaíso nesta quinta (17).

Perfil
A Luz na Infância ainda está em curso. A previsão é de que, no fim do dia, o Ministério da Segurança Pública divulgue um balanço com todos os números de presos e investigados. Mais cedo, durante entrevista coletiva, a equipe ministerial que encabeçou a ação disse que, entre os alvos detidos em todo o país, estão professores, advogados, servidores públicos e profissionais da saúde.

“Um dos casos que mais chamou atenção foi o de um homem da região Sudeste que possuía mais de 200 mil fotos de crianças com suas imagens sexualizadas. É um crime que choca pela obscuridade”, revelou o coordenador da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Alessandro Barreto.

Jungmann comemora resultado
O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, ressaltou o forte aparato usado na megaoperação de combate aos crimes virtuais. “É um salto da mais decisiva importância. Com a união das polícias, conseguimos realizar uma ação inédita no país. Nunca tivemos a União Federal dando rumos para a segurança pública. Deixaremos um legado de governança para mudar a triste realidade de violência.”

Segundo a Senasp, trata-se de uma das maiores ações mundiais contra a pedofilia realizadas em apenas um dia. Os alvos foram identificados após seis meses de investigações conjuntas do Brasilcom a colaboração da Embaixada dos Estados Unidos.

Luz na Infância
A operação foi intitulada Luz na Infância por serem bárbaros e obscuros os crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Os acusados desse tipo de delito agem nas sombras da internet e devem ter suas condutas elucidadas e julgadas, como a de qualquer criminoso.

Em 20 de outubro de 2017, o Ministério da Justiça deflagrou a primeira fase da operação. Na época, as autoridades mobilizaram 1,1 mil agentes para cumprir mandados de busca e apreensão em 24 estados e no DF.

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