Acampamento Marielle Vive, em SP, é alvo de ataque a tiros, diz MST
Testemunhas afirmam que um homem armado atirou de dentro de um carro na entrada do acampamento e fugiu em direção à cidade de Valinhos
atualizado
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou, neste domingo (17/10), um ataque a tiros contra famílias do acampamento Marielle Vive, localizado na cidade de Valinhos, região metropolitana de Campinas (SP).
Testemunhas contaram ter visto um carro com a placa coberta passar diversas vezes no local durante a madrugada. Em seguida, o motorista – um homem não identificado – teria reduzido a velocidade, atirado em direção à entrada do acampamento onde vivem 450 famílias sem terra e fugido em direção à cidade de Valinhos.
Intimidação
O MST acredita que o crime tenha sido motivado por uma tentativa de intimidação para que as famílias desocupem a área. Há ainda a hipótese de um “ataque direto neofascista, devido às características do autor do crime e circunstâncias”. O caso foi registrado com um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Valinhos.
De acordo com o movimento, essa não é a primeira vez que esse tipo de ataque é feito contra o grupo que vive e trabalha no local.
“Em julho de 2019, o trabalhador Luis Ferreira foi assassinado no mesmo local em que o atirador realizou os disparos. O assassino de Luis, Leonardo Ribeiro, réu confesso, continua solto por decisão da justiça”, disse o MST em nota.
O Metrópoles tenta confirmar o episódio com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.