“Absurdo”: defesa de atirador critica indenização por morte de petista
AGU fechou acordo de R$ 1,7 milhão para a família de guarda petista morto no dia do aniversário, após discussão política com policial penal
atualizado
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O advogado Cláudio Dalledone, representante do policial penal bolsonarista que matou um guarda municipal petista em julho de 2022, após briga por política, gravou um vídeo criticando o acordo da Advocacia-Geral da União (AGU) que prevê indenização de R$ 1,7 milhão para a família da vítima.
“Um absurdo jurídico constitui esse acordo feito pela AGU. Nós temos aí uma antecipação de culpa. O Tribunal do Júri ainda não julgou. Quem irá julgar se Jorge Guaranho é inocente ou culpado é o povo, é a comunidade de Foz do Iguaçu”, declarou o advogado na gravação.
Veja o vídeo:
A indenização será paga pela AGU para a esposa e as quatro filhas da vítima, mas o órgão adiantou que vai entrar com ação para ressarcimento da quantia paga aos familiares da vítima.
Morte em aniversário
O policial penal bolsonarista Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado. Ele matou o guarda e tesoureiro do PT Marcelo Arruda durante a festa de aniversário da vítima, que tinha como tema o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Jorge atirou após briga por política, e Marcelo revidou, acertando o policial penal, que chegou a ficar um período hospitalizado. O crime ocorreu em Foz do Iguaçu, no Paraná, e teve grande repercussão em todo o país.
O julgamento do caso por meio de um júri popular está marcado para o próximo 9 de abril.