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Associação de bares reclama por governo não retomar horário de verão

Associação afirma que medida poderia elevar faturamento no intervalo de 18h às 21h em uma faixa de 10% a 15%

atualizado

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Nick Karvounis/Unsplash
Restaurante vazio
1 de 1 Restaurante vazio - Foto: Nick Karvounis/Unsplash

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) lamentou a decisão do governo federal de não retomar o horário de verão neste ano. Por meio de um comunicado enviado à imprensa nesta quarta-feira (16/10), a instituição afirmou que a escolha do governo federal não levou em conta possíveis benefícios importantes.

O governo federal vinha estudando o retorno do horário de verão como uma medida de reduzir a pressão sobre o sistema elétrico no horário de pico. O sistema ficou mais dependente de usinas termelétricas com o avanço da estiagem e a baixa nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Apesar disso, a decisão de não retomar o horário de verão foi anunciada nesta quarta pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

A Abrasel cita que haveria vantagens econômicas, sociais e ambientais que alcançariam o país. O presidente da associação, Paulo Solmucci, se apegou à economia de energia para argumentar a favor do horário de verão. “Surpreende-nos que, num cenário em que cada economia é importante para o consumidor brasileiro, o ministro considere irrelevante essa economia de energia. As tarifas estão cada vez mais caras, e sempre existe algum risco no fornecimento”, frisou Solmucci.

A economia citada pelo presidente da Abrasel foi calculada em 2,9% pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e apresentada em um estudo que embasou a decisão do governo federal. “O ministro havia dado declarações públicas em que considerava os benefícios econômicos e sociais da medida, especialmente para setores como o nosso. No entanto, esses benefícios foram colocados de lado na decisão final”, acrescentou Solmucci.

A estimativa da instituição é que o horário de verão poderia aumentar o faturamento do setor de 10% a 15% no horário de 18h às 21h.

Ao anunciar a medida, o titular do MME, Alexandre Silveira, argumentou que a adoção da medida não é “imprescindível neste momento”. “Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este verão, para este período. Temos a segurança energética assegurada”, disse Silveira, em entrevista coletiva.

Durante o processo de discussão sobre a possível volta do horário de verão, Silveira havia classificado a suspensão da medida, em 2019, no governo de Jair Bolsonaro, de “irresponsável” e que esta não teria se baseado em dados técnicos e científicos.

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