Abordagem policial em Goiás a youtuber negro revolta web. Veja
Filipe Ferreira gravava um vídeo para o canal dele quando foi abordado. A cena foi gravada e viralizou na internet
atualizado
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Vídeo de uma abordagem policial na Cidade Ocidental (GO) chocou internautas na noite desta sexta-feira (28/5). Nas imagens, o jovem youtuber Filipe Ferreira, que gravava conteúdo sobre manobras de bicicleta, foi surpreendido pela Polícia Militar de Goiás no momento em que filmava o para o seu canal.
Nas cenas, que viralizaram nas redes sociais, Ferreira aparece, inicialmente, testando movimentos com a bike. No fundo, é possível ver uma viatura da polícia se aproximando. De repente, um dos policiais desce do carro, pronuncia gritos de ordem e pede para o jovem se afastar. Tão logo Ferreira questiona a abordagem, o agente saca uma arma. “Coloca a mão na cabeça”, diz o policial.
Durante todo o momento, capturado pela câmera de celular do youtuber, um dos policiais mantém a arma apontada. “Esse é o procedimento”, responde depois de ser questionado.
Veja a cena:
O que acontece se você for negro e estiver treinando manobras no parque com sua bike? Não sabe? Veja o que aconteceu hoje na Cidade Ocidental. pic.twitter.com/1fbu4LYL5O
— Gabriel Eduardo (@oblogdobiel) May 28, 2021
Em seguida o rapaz tira a camisa para mostrar “que não tem nada”. Logo depois, é algemado. “Resiste aí para ver o que vai acontecer contigo.”
De acordo com o policial, o motivo da prisão foi o jovem não ter obedecido de prontidão a ordem que foi dada. No Instagram, Ferreira postou o momento da abordagem, mas não comentou nada sobre a ação.
Pelo Twitter, foram muitos os comentários criticando a ação. “O que acontece se você for negro e estiver treinando manobras no parque com sua bike? Não sabe? Veja o que aconteceu hoje na Cidade Ocidental”, escreveu um internauta em post com mais de 26 mil curtidas e 7 mil compartilhamentos. “Ser negro no Brasil é exatamente isso aqui. Viver todos os dias na mira do racismo e não saber se estará vivo no dia seguinte”, disse outro.
Até a publicação da reportagem, nem a Polícia Militar de Goiás e nem Filipe Ferreira se manifestaram. O espaço segue aberto.