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“Abin paralela”: presos falaram em tiro de fuzil na cabeça de Moraes

Presos hoje, dois investigados cogitavam impeachment e tiro de fuzil contra o ministro Alexandre de Moraes: “Careca merecendo algo a mais”

atualizado

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Gustavo Moreno/SCO/STF
O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou relatórios extraoficiais contra ex-Jovem Pan quando presidiu o TSE, diz a Folha de S. Paulo.
1 de 1 O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou relatórios extraoficiais contra ex-Jovem Pan quando presidiu o TSE, diz a Folha de S. Paulo. - Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

Dois dos presos desta quinta-feira (11/7) pela Polícia Federal nas investigações da “Abin paralela” defenderam desde impeachment até tiro de fuzil contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Esse careca tá merecendo algo a mais [sic]”, escreveu Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

Na conversa com Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, os dois chegaram a falar de tiro de fuzil após o compartilhamento de notícia informando que Moraes afastou um delegado da PF do inquérito sobre ataque hacker ao TSE. Giancarlo diz que o ministro merecia “algo a mais” e Bormevet responde: “7.62”, em referência a um tiro de fuzil. Giancarlo ainda complementou: “head shot”, que significa tiro na cabeça.

Em outra conversa, os dois falam sobre um abaixo-assinado pelo impeachment de Moraes. Bormevet envia para Giancarlo, que questiona do que se trata aquilo. Marcelo, então, responde que quer a assinatura do colega e brinca: “Acho que tu é melancia”, em alusão aos militares do Exército que usam uniforme verde, mas que, por dentro, seriam “vermelhos” – ou seja, de esquerda.

O militar faz uma “piada” dizendo que é melancia, porque tem o órgão sexual vermelho; depois, diz que “com esse careca filho da p*, só tiro mesmo”.

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Os dois também conversam sobre impeachment
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Dupla fala sobre tiro de fuzil

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Os dois também conversam sobre impeachment

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A operação

A PF deflagrou, nesta quinta-feira (11/7), a quarta fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. Até o momento, o Metrópoles confirmou a prisão de Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Mateus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão anterior; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal; e Richards Dyer Pozzer. Rogério Beraldo de Almeida segue foragido.

Além deles, ex-assessores de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram alvo de busca e apreensão. Entre eles José Mateus Sales Gomes.

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo de ações do grupo. Também houve a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente inverídicas.

Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

 

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