“Abin paralela”: PF tem provas de que Bolsonaro recebeu informações
Segundo o portal Uol, indícios apontam que Jair Bolsonaro recebia dossiês e documentos fabricados por integrantes da “Abin paralela”
atualizado
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A Polícia Federal (PF) tem indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria um dos beneficiados com o acesso de informações oriundas do esquema de espionagem ilegal da chamada “Abin parela”. A informação é do portal Uol.
Esses indícios são frutos das novas provas colhidas nas buscas contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o “filho 02” e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ambos foram alvos da PF nas últimas semanas.
De acordo com a reportagem, essas provas foram apresentadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e serão analisadas profundamente nas próximas diligências.
Tais indícios indicam a existência de dossiês e documentos fabricados pela organização criminosa infiltrada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo investigação da PF, esse material era impresso e entregue ao Palácio do Planalto, durante o governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.
“Abin paralela”
De acordo com a Polícia Federal, uma organização criminosa se infiltrou na Abin, com o intuito de espionar adversários do clã Bolsonaro com ajuda do software FirstMile. Esse esquema ilegal de espionagem, sem aval da Justiça, ocorreu contra autoridades, jornalistas e advogados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Estariam entre as autoridades monitoradas pelo software espião: os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador do Ceará Camilo Santana, hoje ministro da Educação.