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“Abin paralela”: Flávio Bolsonaro diz que a vítima foi ele

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reage a operação e diz que o “grupo especial de Lula na Polícia Federal ataca novamente”

atualizado

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Matheus Veloso/Metrópoles
Flávio Bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se pronunciou sobre o caso da “Abin paralela”. Em vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, o parlamentar disse que o “grupo especial de Lula na Polícia Federal ataca novamente” e que ele foi vítima de criminosos que tiveram acesso a dados sigilosos.

A investigação policial indicou que a Receita Federal teria sido pressionada irregularmente devido a relatórios sobre movimentações do senador que indicariam a prática de “rachadinha” de salários de seus funcionários comissionados.

“Obviamente fui vítima de um crime cometido por pessoas de dentro da Receita Federal. Então eu pressionei formalmente junto à Receita para saber quem tinha feito isso, e sabe qual foi a resposta: indeferido, porque se tratava de informações sigilosas que eu só poderia ter acesso mediante decisão judicial”, disse Flávio.

Segundo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele interpôs um habeas data para saber quem acessou os seus dados sigilosos. “A Receita Federal, no governo do presidente Jair Bolsonaro, me negou acesso. Então, se o presidente interferisse em alguma coisa, eu não precisaria entrar na Justiça. Você concorda?”, pontuou o senador.

“Veja só em quanta gente acessou indevidamente os meus dados. Parece que tinha uma força-tarefa do crime dentro da Receita contra mim. Agora eu não posso correr atrás dos meus direitos de vítima, que eu fui de criminosos de dentro da Receita Federal, que isso é usado contra mim”, reclamou o filho de Bolsonaro.

A operação

A PF deflagrou, nesta quinta-feira (11/7), a quarta fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. Até o momento, o Metrópoles confirmou a prisão de Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Mateus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão anterior; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal; Richards Dyer Pozzer e Rogério Beraldo de Almeida.

Além deles, ex-assessores de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram alvo de busca e apreensão. Entre os quais, José Mateus Sales Gomes.

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo de ações do grupo. Também houve a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente inverídicas.

Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

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