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“Abin Paralela”: CGU abre processo contra PFs cedidos à agência

Três PFs serão investigados por se ausentarem por mais de 60 dias, entre 2021 e 2022, época em que estavam cedidos à Abin

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
A sede da Abin, em Brasília
1 de 1 A sede da Abin, em Brasília - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu processos administrativos disciplinares (PADs) contra três servidores da Polícia Federal (PF) cedidos à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (11/4).

Dois deles estão suspensos de exercer as funções públicas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expedida em 25 de janeiro, no caso que investiga suposto esquema de espionagem ilegal da chamada “Abin paralela”.

A CGU informou que as condutas dos servidores da PF serão analisadas nos PADs, e que o prazo de conclusão do processo é de 60 dias, prorrogáveis por igual período.

Os PFs investigados pela CGU

Identificados como Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira, os PFs serão investigados por se ausentarem por mais de 60 dias, entre 2021 e 2022, época em que estavam cedidos à Abin.

Bormevet é agente da PF desde 2005 e, atualmente, está suspenso de exercer as funções. Também afastado do cargo por determinação de Moraes, Freitas é policial federal desde 2006 e ficou cedido à agência entre 2019 e 2022, durante a gestão de Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL.

Delegado da PF desde 2003, Pereira trabalhou na Abin entre 2021 e 2022. No órgão de inteligência, ele atuou no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc).

“Abin paralela”

Investigações da Polícia Federal indicam que uma organização criminosa se infiltrou na Abin, com o intuito de espionar adversários do clã Bolsonaro auxiliados pelo software FirstMile.

Esse esquema ilegal de espionagem, sem aval da Justiça, ocorreu contra autoridades, jornalistas e advogados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a gestão de Ramagem — que chefiou a agência entre julho de 2019 e março de 2022.

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