Abin: delegado investigado por espionagem ilegal é exonerado
Operação sobre a espionagem ilegal na Abin mirou policiais federais que usaram a estrutura da agência para espionagem ilegal
atualizado
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública exonerou, nesta sexta-feira (26/1), o delegado da Polícia Federal (PF) Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho. Ele é investigado por esquema de espionagem ilegal de autoridades na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A informação consta no Diário Oficial da União (DOU). Ele foi dispensado da função de coordenador de aviação operacional da Coordenação-Geral de Apoio Operacional da Diretoria-Executiva da PF.
A PF indicou que Carlos Afonso integrava uma organização criminosa que tinha como objetivo monitorar ilegalmente pessoas e autoridades públicas. Ele teria participava do que foi classificado como o “núcleo de alta gestão”, junto a Alexandre Ramagem.
Operação
Nessa quinta-feira (25/1), a PF realizou buscas contra o ex-diretor geral da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL) e também contra outros suspeitos de envolvimento em espionagem ilegal.
Ao todo, a PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão. Do total, 18 são em Brasília (DF), um em Juiz de Fora (MG), um em São João del Rei (MG) e um no Rio de Janeiro (RJ).
Pelo menos 30 mil pessoas, entre elas autoridades, foram monitoradas de forma ilegal pela Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A PF apontou o uso indevido do sistema de informática FirstMile, durante a gestão do diretor-geral Alexandre Ramagem.